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Marcha em Maceió: Mulheres do MST erguem vozes contra a violência de gênero

Juntas da coordenadora nacional do movimento, Débora Nunes, mais de 100 mulheres estiveram reunidas em defesa de seus direitos na Praça Sinimbu e Deodoro

Por Lucas Araújo (sob supervisão) 08/03/2024 14h02 - Atualizado em 08/03/2024 15h03
Marcha em Maceió: Mulheres do MST erguem vozes contra a violência de gênero
Na marcha, também estiveram representantes mulheres do Sinteal e UFAL - Foto: Paulo Bugarin

Mulheres do Movimento Sem Terra (MST), em Maceió, realizaram nesta sexta-feira, 08, uma manifestação política no Dia Internacional da Mulher, em defesa de seus direitos, demandas por políticas públicas e como um protesto contra a violência de gênero. 

Na ocasião, as mulheres partiram da Praça Sinimbu em direção à Praça Deodoro, onde se concentraram para expressar suas reivindicações, reunindo mais de 100 pessoas. 

A coordenadora nacional do movimento, Débora Nunes, destacou em entrevista ao Jornal de Alagoas, a importância do evento como uma oportunidade para as mulheres do campo e da cidade se unirem em defesa de seus direitos fundamentais e para denunciar a violência que enfrentam. 

"A importância da marcha é a capacidade das mulheres se reunirem e dizerem basta, basta de violência", explicou.  

O tema escolhido para este ano foi "Lutaremos por nossos corpos e territórios, nenhum a menos", ressaltando a necessidade de atenção da sociedade para as questões abordadas durante a marcha. A prioridade da manifestação é garantir o direito à vida e promover políticas públicas que assegurem a segurança e o bem-estar das mulheres. 

"Nós estamos falando sobre a violência contra os corpos da mulheres, mas também estamos falando da violência contra os nossos territórios. Hoje a ideia é convocar a sociedade para dizer que queremos uma sociedade igualitária", destacou Débora.  

A coordenadora também disse que precisam de políticas públicas nas diversas áreas, para que as mulheres tenham condições de viver e possam estar vivas. ''Então hoje é dia de luta, é um dia simbólico, mas nós sabemos que a nossa luta é cotidiana, de todos os dias, todos os meses, durante todo o ano", concluiu.  

Uma das participantes, Girlene Lázaro, de 66 anos, enfatizou a importância do crescimento dos movimentos sociais para debater e avançar nas questões relacionadas aos direitos das mulheres.  

"Nós precisamos que os movimentos cada vez mais cresçam, para que a gente possa debater as questões dos direitos das mulheres. Que esse dia 8 de março seja mais um dia de luta, para que a gente possa chamar atenção de toda a sociedade e que possamos avançar na questão dos direitos a nós mulheres, e quebrar essa desigualdade que existe na sociedade, que possamos avançar na questão das políticas públicas para as mulheres, disse à reportagem.  

Debate 

A concentração na Praça Deodoro contou com discursos sobre os temas abordados, bem como apresentações artísticas, reforçando a relevância do evento como um momento de conscientização e mobilização.

Na marcha, também estiveram representantes mulheres do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SINTEAL) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).