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"Prefeitura legalizou o descarte?" moradores da Aldeia do Índio, no Jacintinho, reclamam de excesso de lixo nas ruas

Terreno utilizado como passagem entre ruas da comunidade acaba virando "lixão" a céu aberto; Prefeitura afirma que mantém limpeza da região

Por Raphael Medeiros 04/01/2024 13h01 - Atualizado em 04/01/2024 13h01
'Prefeitura legalizou o descarte?' moradores da Aldeia do Índio, no Jacintinho, reclamam de excesso de lixo nas ruas
Lixo é jogado no local há mais de 20 anos, segundo informações de moradores - Foto: Paulo Bugarin/Jornal de Alagoas

Moradores da comunidade da Aldeia do Índio, no Jacintinho, reclamam do acúmulo de lixo na Rua São Domingos. Um terreno baldio é foco de lixo há muitos anos, sem solução aparente. Nesta quinta-feira (4), o Jornal de Alagoas esteve na região e observou animais revirando o lixo, com mau cheiro muito forte e moscas, que podem causar doenças nos moradores locais.

Weilito Lopes (68) é morador da região e conversou com a reportagem estarrecido com a situação. Ele está à frente da luta contra o descarte do lixo no lugar, tendo gravado diversos vídeos, cobrando a Prefeitura de Maceió em sua rede social pessoal.

Lopes disse que há mais de 20 anos o lixo é jogado no local. Moradores que são contra o descarte já entraram em contato com a Prefeitura de Maceió, que encaminhou uma caçamba de lixo ao local, para amenizar a situação, porém não foi suficiente.

“A Prefeitura e o Poder Público não tomam providências para regularizar e evitar esse descarte irregular, onde a população fica exposta a moscas, quando chove alaga tudo e ainda ficamos diante de possíveis doenças como a dengue”.

O morador cobrou a Prefeitura, para que haja alguma movimentação para sanar o problema. Ele afirma que durante o fim do ano de 2023, o lixo não foi recolhido, deixando os moradores “de 3 a 5 dias sem o recolhimento, ou seja, passamos o feriado do natal e do ano novo com uma pilha de lixo na porta de casa”.

Ele reforça a dificuldade em limpar o terreno, dizendo que a pilha de lixo fica tão grande, que chegam a ser necessárias “4 viagens de caçambas de lixo para recolher todos os detritos.”

O entrevistado contou que grande parte do lixo da região é de pessoas que moram nos entornos do bairro e reforça que moradores vizinhos ao terreno não concordam com o descarte, combatendo quem despeja lixo e restos de obras por ali.

Ele continua dizendo que para uma solução definitiva, um muro deveria ser construído no terreno, para evitar o descarte. Entretanto, moradores presentes no local, durante a visita da reportagem informaram que o terreno já foi murado, mas que a população derrubou o muro para permanecer despejando lixo no lugar.

Wellito finalizou, criticando a gestão municipal, perguntando: “A Prefeitura de Maceió legalizou o descarte de lixo desse jeito? Algo precisa que ser feito!”

Resposta da Prefeitura


Ao questionarmos a situação, a Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), divulgou uma nota ao Jornal de Alagoas. Confira a nota na íntegra::

“A Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) informa que o local é um dos pontos crônicos de descarte irregular mapeados e que realiza a limpeza desse local diariamente, porém a população segue despejando resíduos de forma inadequada. O órgão reitera que a prática se caracteriza descarte irregular e, caso seja flagrado, o infrator poderá ser multado.”

“Para fazer denúncias e solicitações, o cidadão deve ligar diretamente nos canais da Central de Monitoramento da Alurb, que atende pelo 0800 082 2600, pelo número 156 ou pelo whatsapp 98802-4834. Também é possível solicitar serviços através do Aplicativo Limpeza é Massa, gratuito em sua loja de aplicativos.”