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Na orla de Maceió, vítimas da Braskem fazem novo ato contra a empresa; confira

Integrantes do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) seguem cobrando realocação, reparação e responsabilização pelos danos causados pela mineradora

Por Redação 29/12/2023 18h06 - Atualizado em 29/12/2023 18h06
Na orla de Maceió, vítimas da Braskem fazem novo ato contra a empresa; confira
A escolha estratégica do local visa chamar a atenção não apenas da população local - Foto: Raphael Medeiros

Teve início às 17h desta sexta-feira (29) mais um ato realizado pelo Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB). Manifestantes afetados pelas ações da mineradora se reuniram na Praça 7 Coqueiros, nas proximidades da Feirinha do Artesanato, na Pajuçara, em busca da realocação, reparação e responsabilização pelos danos causados. 

A escolha estratégica do local visa chamar a atenção não apenas da população local, mas também dos turistas que visitam a região. 

“A gente está aqui protestando pelas vítimas, pode ser que eles voltem, pode ser que esse protesto seja contínuo, outros protestam e outros não sabem o que pode vir a acontecer. Defesa civil não fala a verdade, o que serve oculta informações, então assim, essa é a nossa região e a gente vai lutar até o fim, junto com todo mundo", explica Dilson Ferreira, professor de arquitetura e urbanismo da UFAL. 

Foto: Raphael Medeiros

Outro manifestante presente é Valdemir Alves dos Santos, de 52 anos, que é morador dos Flexais e alegou omissão da prefeitura de Maceió e do gestor, diante do acordo com a mineradora. 

“O prefeito de Maceió se omitiu a assinar um acordo para que a Braskem realoca-se a gente, tanto como a Braskem também, que não colocou a gente no plano de compensação financeira, o crime que ela cometeu, tirou a nossa alegria”, conta o autônomo.  

Valmir ressaltou o sentimento de omissão por parte do prefeito JHC, que segundo ele, é negligente com a situação e impediu que o processo de realocação evoluísse. 

"O governador se posicionou em prol das vítimas da Braskem dando o acesso que ele se sensibiliza com o caso, mas o prefeito de Maceió recuou, não quis assinar a carta e por conta dele não houve um progresso para a nossa realocação, então quer dizer que o prefeito é omisso, negligente com a situação. É por isso que estamos aqui, para reivindicar essa razão e esse direito", finalizou.