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Educação de AL suspende greve parlamentar após conquistar reformulação do PCC

''O governo se comprometeu a reformular o Plano de Cargos para corrigir distorções na carreira'', disse o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro

Por Redação* 06/09/2023 16h04 - Atualizado em 06/09/2023 16h04
Educação de AL suspende greve parlamentar após conquistar reformulação do PCC
Profissionais da educação em ato de manifesto - Foto: Assessoria

Profissionais da educação da rede pública estadual de Alagoas decidiram nessa quarta-feira, 06, suspender a greve da categoria, retomando as atividades já na próxima segunda-feira, 11. A decisão foi tomada em assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal). 

 “Mostramos a força que a educação tem para fazer luta. O governo se comprometeu a reformular o Plano de Cargos para corrigir distorções na carreira. Isso garante valorização real nos nossos salários. É uma grande conquista que só foi possível com a greve. Somando isso aos 5,79%, à mudança de letra dos funcionários e ao aumento de carga horária, à implantação de vale-transporte, vale-refeição e à revisão do valor do difícil acesso, saímos vitoriosos e seguiremos na luta em nossos locais de trabalho”, destacou o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro. 

Izael também relatou que a reformulação do PCC vem para reconhecer titulações, organizar questões como tempo de serviço, que foram perdidas, segundo ele, com o último plano, ''e com certeza é uma das grandes conquistas da greve que atinge toda a categoria, ativos e aposentados. Um grupo de trabalho será constituído com o Sinteal, SEPLAG, SEDUC e SEFAZ, com prazo até 30 de outubro do corrente para finalizar o projeto de lei. “Se não se concretizar, a categoria está pronta para retomar a greve”, frisou. 

O percentual que saiu de 0% na primeira proposta do governo, chegou a 5,79% depois de muita luta, paralisações e greve. Será implantado em duas parcelas, ambas em 2023. Uma em setembro e outra em novembro. 

A mudança de letra das/os funcionárias/os, uma progressão de carreira que, apesar de ser direito na lei, deveria ter sido implantada em abril, só foi implantada (com retroativo a abril) por conta da greve. Significa mais 6% (seis por cento) sobre os salários de 4.000 (quatro mil) funcionárias/os de escola. 

Questões como difícil acesso, vale-transporte e vale-refeição estavam travadas a um ano na mesa de negociação. O aumento de carga horária, uma reivindicação antiga das/os funcionárias/os, que só tinha sido implantado para professoras/es, finalmente vai acontecer graças à luta. 

A assembleia contou com ampla participação da capital e do interior, mais de quarenta intervenções das/os participantes, e, por fim, decidiu em votação pelo retorno às atividades. Mas o presidente do Sinteal garante que a agenda está definida e se não tiver PCC, tem luta. “Continuamos na luta. A greve não acabou, está suspensa. Se o Paulo Dantas não cumprir a parte dele, a assembleia já está marcada para o dia 31 de outubro, e a greve volta com toda força”.


Com Sinteal.