A organização da "Batalha da Lost", que se apresentou na última sexta-feira (2) na Festa Literária de Marechal Deodoro (Flimar), acusou a produção do evento de os expulsarem do palco durante a apresentação.

Com a proposta de trazer duelos entre Mc's através das batalhas de rimas, os organizadores da batalha dizem que a apresentação foi encerrada pela produção da Flimar antes do tempo previsto.

De acordo com Delanisson Araújo, organizador e apresentador da Batalha da Lost, os Mc's foram interrompidos e expulsos do palco de forma truculenta com a explicação de que a próxima atração, a cantora Kel Monaliza, já iria começar.

Segundo Delanisson, o grupo encerrou e se retirou, mas o palco ficou vazio e sem música por quase 1 hora.

"De quando a gente desceu [do palco] até começar a próxima banda foi quase 1 hora. A gente acredita que colocaram a gente pra descer não por questão de atrasos ou horário, mas sim por falta de atenção à cultura hip hop", explicou.

Ainda de acordo com Araújo, não havia nenhuma forma de justificar o ocorrido apontando desinteresse do público, pois segundo ele, a plateia estava interagindo com os artistas e demonstrando apoio aclamando as rimas.

"A gente acredita que é uma falta de atenção da secretaria de Cultura e da organização da Flimar com o movimento hip hop e a Batalha da Lost, a única batalha realizada aqui em Marechal Deodoro. Eles consideram tudo isso uma brincadeira, "maloqueiragem", bagunça", continuou.

Confira a nota de repúdio do grupo:

Outro grupo que apontou falhas na organização do evento foi a escola de samba Gaviões da Pajuçara, que deveria se apresentar no mesmo dia, mas não conseguiu por conta da "má administração da secretaria municipal".

"A apresentação do grupo na Flimar marcada no horário das 22h30 não aconteceu devido à má administração da secretaria municipal de Marechal Deodoro, o horário fechado com o nosso grupo não foi cumprido", disse a assessoria da escola através de nota de esclarecimento.

Na nota consta ainda a informação de que uma funcionária da secretaria teria tratado membros do grupo com arrogância, "não dando valor ao nosso trabalho".

O Jornal de Alagoas procurou a assessoria da Flimar para saber o seu posicionamento diante dos ocorridos, mas até o momento da publicação da matéria não obteve resposta.