Apesar do significativo aumento no número de casos da Covid-19, o Governo Federal anunciou nessa segunda-feira (31), a possibilidade do Brasil sediar os jogos da Copa América a partir do dia 13 de junho. Em suas redes sociais, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL), classificou a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como um “violento equívoco”. Segundo o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, ainda não há nada certo sobre a realização do evento no país.

“Infelizmente a negação à pandemia avança a cada dia. Sou um grande amante do futebol, torcedor da Seleção, mas não compactuo com tamanha insanidade. Nossa amarelinha, sim. Aceleração do vírus, não.”, declarou o governador nas suas redes sociais, logo após o governo federal aceitar o pedido.

Renan Filho também ressaltou que Alagoas não vai sediar nenhum jogo do campeonato.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), também se manifestou contra a realização do evento no Brasil. "Com mais de 462 mil mortes sediar a Copa América é um campeonato da morte. Sindicato de negacionistas: governo, Conmebol e CBF. As ofertas de vacinas mofaram em gavetas mas o ok para o torneio foi ágil. Escárnio.", disse.

Já o Secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Maceió, Ricardo Santa Ritta, defendeu a realização do evento. Para ele, quem for contra a Copa América também deveria cobrar a paralisação do Campeonato Brasileiro, por exemplo.

“Então bora parar o Campeonato Brasileiro de Futebol. Não vi ninguém pedindo paralisação de torneio regional ou estadual de futebol. Lembro que todas as outras modalidades estão sem competição nacional.”, afirmou.

O secretário também destacou que a realização dos jogos sem torcida garantiriam a segurança sanitária e um VT de 30 segundos sobre a cidade-sede do evento.