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IPCA-15 fica em 0,30% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,30% em janeiro e ficou 0,46 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em dezembro (-0,16%).

Por IBGE 23/01/2019 14h02
IPCA-15 fica em 0,30% em janeiro
 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,30% em janeiro e ficou 0,46 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em dezembro (-0,16%). Este é o menor resultado para janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994. Já o acumulado nos últimos doze meses ficou em 3,77%, abaixo dos 3,86% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2018, a taxa foi de 0,39%.
 
 
 
PERÍODO TAXA
Janeiro 2019 0,30%
Dezembro 2018 -0,16%
Janeiro 2018 0,39%
Acumulado no ano 0,30%
Acumulado em 12 meses 3,77%
 
 
O grupo Alimentação e bebidas teve a maior variação (0,87%) e o maior impacto (0,22 p.p.) no índice. Já os grupos Transportes (-0,47%) e Vestuário (-0,16%) tiveram deflação de dezembro para janeiro. Os demais grupos variaram entre o 0,06% de Comunicação e o 0,68% de Saúde e cuidados pessoais, conforme mostra a tabela a seguir.
 
 
 
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro 
Índice Geral -0,16 0,30 -0,16 0,30
Alimentação e Bebidas 0,35 0,87 0,08 0,22
Habitação -0,52 0,08 -0,08 0,01
Artigos de Residência 0,44 0,58 0,02 0,02
Vestuário 0,31 -0,16 0,02 -0,01
Transportes -0,93 -0,47 -0,18 -0,09
Saúde e Cuidados Pessoais -0,58 0,68 -0,07 0,08
Despesas Pessoais 0,43 0,43 0,05 0,05
Educação 0,02 0,31 0,00 0,02
Comunicação -0,07 0,06 0,00 0,00
 
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.  
O grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,87% e acelerou em relação a dezembro (0,35%) por conta do grupamento alimentação no domicílio, que passou de 0,22% para 1,07% em janeiro. Contribuíram para esse resultado a aceleração dos preços das frutas, que passou de 1,12% (dezembro) para 6,52% em janeiro, e das carnes, de 0,92% para 1,72%. Outros itens importantes no consumo familiar, como cebola (17,50%) e batata-inglesa (11,27%) também tiveram altas expressivas, embora tenham desacelerado em relação a dezembro, quando subiram 34,16% e 17,80%, respectivamente. 
 
Já alimentação fora mostrou leve desaceleração: de 0,58% em dezembro para 0,53% em janeiro, com destaque para a refeição: 0,39% em janeiro, contra 0,67% em dezembro.
 
Os Transportes (-0,47%) tiveram a maior queda entre os nove grupos pesquisados, embora a baixa tenha sido menos intensa que a de dezembro (-0,93%). A gasolina (-2,73%) caiu pelo segundo mês consecutivo e teve o maior impacto individual no índice: -0,12 p.p. Com exceção da região metropolitana de Salvador, com alta de 2,38% nesse combustível, as demais áreas apresentaram quedas que variaram entre -5,99% (Fortaleza) e -1,38% (Goiânia). Os preços do etanol (-1,17%) e do óleo diesel (-3,43%) também caíram, contribuindo para o resultado de -2,40% do grupamento dos combustíveis. As passagens aéreas (-3,94%) também tiveram queda em janeiro, frente à alta de 29,61% em dezembro.
 
Ainda no grupo dos Transportes, destacam-se os aumentos nas tarifas dos ônibus interestaduais (2,63%), dos ônibus intermunicipais (1,12%) e dos ônibus urbanos (1,04%). A alta dos ônibus urbanos foi consequência da variação em Belo Horizonte (4,94%), que refletiu o reajuste de 11% no valor da passagem, a partir de 30 de dezembro, e em São Paulo (2,00%), onde o reajuste foi de 7,5%, desde 7 de janeiro.  Ainda em São Paulo, também houve reajuste de 7,5% nas tarifas de trem (0,75%) e de metrô (0,75%), ambas a partir de 13 de janeiro. No Rio de Janeiro, destaca-se o reajuste médio de 4,26% no valor das tarifas de táxi (1,87%), a partir de 1º de janeiro de 2019.