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Sindigás pede que grevistas tenham sensibilidade
Em nota, associação informa que algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP

De acordo com a Associação dos Revendedores de Gás do Estado de Alagoas (Argal), 80% dos estabelecimentos autorizados a comercializar o botijão de gás fecharam as portas, devido a crise de combustíveis em decorrecia da greve dos caminhoneiros.
Laedson Soares, presidente da Argal, afirmou que Ultragás, Copagaz e Liquigás não possuem mais GLP, apenas a Brasilgás segue funcionando normalmente, em meio à paralisação que já dura oito dias.
"Das quatro companhias que abastecem mercadinhos e depósitos instalados na capital e interior, apenas uma está funcionando. A Brasilgás ainda tem estoque porque recebe gás direto da Petrobras", explicou.
Segundo Laedson, ainda não é possível saber se o preço do gás de cozinha deve aumentar nos próximos dias, devido à escassez do produto. "A procura têm sido grande nos últimos dias. Reforça que, se precisar de gás, a população em geral só vai encontrar o botijão da Brasilgás", emendou Soares.
Em nota encaminhada à impressa, a Sindigás - que representa as empresas distribuidoras de GLP de todo o país país -, externou sua preocupação para com o desabastecimento.
Confira, abaixo, a íntegra da nota abaixo:
O Sindigás informa que algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP, apesar da situação caótica em todo o Brasil. Por ele ser armazenável, tem a vantagem de permitir ao consumidor contar com uma reserva, em média, de até 22 dias. Grevistas e forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios.
Porém, caminhões com botijões de 13kg, 20kg, 45kg vazios ou cheios, todos com nota fiscal, a caminho das revendas não são reconhecidos pelos grevistas como abastecimento de um serviço essencial, o que é um equívoco, pois, o produto nessas embalagens também pode ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais.
O setor de GLP trabalha com uma logística reversa, na qual é imprescindível o retorno dos botijões vazios às bases para serem engarrafados. O Sindigás reitera que há gás nas bases. O problema no abastecimento deve-se às dificuldades de escoamento do produto pelas rodovias do país.
É necessário que grevistas e autoridades que atuam nesse momento de crise, como Polícia Rodoviária Federal, ANP, Exército, entre outros atores, compreendam que o GLP é um produto essencial para o bem-estar da população, permitindo o trânsito das carretas a granel e dos caminhões com os botijões, sejam vazios ou cheios.
