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Governo federal libera duas novas rádios comunitárias em Alagoas

Concessões podem ampliar alcance da comunicação local para mais de 560 mil moradores em Rio Largo e Jundiá

Por Redação com agências 21/11/2025 11h11
Governo federal libera duas novas rádios comunitárias em Alagoas
Governo federal autoriza duas novas rádios comunitárias em Alagoas - Foto: Reprodução

Duas novas rádios comunitárias foram autorizadas pelo Ministério das Comunicações em Alagoas, beneficiando diretamente moradores de Rio Largo e Jundiá, que passam a integrar a expansão nacional do serviço.

O Ministério das Comunicações publicou, no Diário Oficial da União, as portarias que autorizam o funcionamento das duas emissoras. Uma será administrada pela Associação Comunitária de Rio Largo; a outra ficará sob responsabilidade da Associação Cultural Rádio Comunitária Manguaba FM, em Jundiá. As outorgas integram pacote que também abrange estados como Goiás, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Piauí. 

Em Alagoas, a estimativa oficial é que as rádios atendam cerca de 561 mil habitantes. O governo avalia que a ampliação fortalece a comunicação local e melhora a circulação de conteúdos culturais e informativos em regiões com menor penetração dos grandes meios. A medida busca reforçar a presença do serviço em localidades estratégicas. 

Apesar da autorização inicial, as concessões ainda dependem de aval da Casa Civil. Depois disso, o processo segue para análise e aprovação do Congresso Nacional, etapa obrigatória antes do início efetivo das transmissões. Somente após essa fase as entidades poderão operar regularmente. 

Em outros estados, novas habilitações também foram confirmadas ao longo da semana. Em Goiás, associações de Amorinópolis e Pires do Rio foram beneficiadas, alcançando mais de 36 mil moradores. Já em Minas Gerais, a Associação Comunitária Cultural de Brazópolis recebeu permissão para atender aproximadamente 15 mil pessoas. 

Na Bahia, a liberação contemplou Presidente Jânio Quadros, município de 13 mil habitantes. Em Pernambuco, a autorização alcançou Izacolândia, distrito de Petrolina com 418 mil moradores, enquanto no Piauí o Instituto Ribeira foi habilitado a operar em Ribeira do Piauí, atendendo cerca de quatro mil pessoas. As outorgas compõem um movimento nacional de expansão. 

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou que as rádios comunitárias são “essenciais para disseminar informação de qualidade, entretenimento e cultura local”. Segundo ele, a política de outorgas visa ampliar o número de entidades aptas a oferecer comunicação de proximidade em todas as regiões do país. 

Essas rádios também exercem papel estratégico em situações de emergência, como desastres naturais e crises sanitárias. Por atuarem com forte conexão territorial, tornam-se canais prioritários de aviso, orientação e mobilização social. As emissoras comunitárias operam com baixa potência e são mantidas por entidades sem fins lucrativos. Para obter autorização, precisam passar por análise da Anatel e atender a requisitos documentais definidos pelo Ministério.