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Usinas de cana do estado de Alagoas em crise
Em meio a dificuldades, Renan Filho vai ajudar fornecedores a ‘cobrar dívidas’
As usinas de Alagoas estão em grave dificuldade financeira. Com a falta de competividade do etanol ante gasolina, a grande seca do ano de 2012 e a desativação de algumas usinas do estado, Lourenço Lopes, presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana) recorreu esta semana ao governador Renan Filho para reverter o quadro.
Segundo empresários do setor, que não falou em números, dificuldades teriam começado no ano de 2008 com crise mundial e o cenário a partir desta data só intensificou. Em meio a escassez, usinas passaram a atrasar pagamentos dos fornecedores de cana-de-açúcar e quatro das 24 usinas do estado foram desativadas.
Para reverter situação, Lourenço Lopes pediu ao governador do estado só libere incentivos de etanol para indústrias que estiverem em dia com o pagamento aos fornecedores: “Pedimos ao governador que se esse incentivo só seja dado, de for dado, para as usinas que estiverem em dia com o fornecedor”, ele diz.
Lopes não especificou valores, mas adiantou que mais da metade dos fornecedores tem crédito nas usinas do estado. “Por conta disso muitos fornecedores estão em dificuldades, sem poder honrar com seus compromissos”, aponta.
Renan Filho prometeu ajudar: “algumas usinas esmagam a cana, comercializam e recebem o pagamento pelo produto, mas não repassam o pagamento aos fornecedores. Se puder vou ajudar sim”, fala o governador.
Em resposta, governador disse que vai discutir as demandas da Asplana com a Secretaria da Fazenda para ajudar no que for possivel. “os fornecedores pediram a volta do crédito presumido, que foi criado no governo Mano (Manoel Gomes de Barros, em 1997). Vamos avaliar se é possível. Meu interesse é ajudar o fornecedor”, afirma Renan.