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Investidores europeus decidem processar Petrobras

Por EXAME 06/04/2015 13h01
Investidores europeus decidem processar Petrobras
Plataforma da Petrobras: os europeus alegam que a empresa brasileira não revelou em seus balanços a real situação da estatal

Um dos maiores fundos de pensão da Europa anuncia que vai abrir um processo contra a Petrobras.

Assim como ocorre já nos EUA com investidores, os europeus alegam que a empresa brasileira não revelou em seus balanços a real situação da estatal, não provou que seus controles para evitar a corrupção funcionavam e sobrevalorizou seus ativos.

A ação será aberta para AP1, o maior fundo de investidores da Suécia. As informações são do jornal Financial Times e confirmadas pela empresa.

Depois da eclosão do escândalo decorrupção envolvendo altos funcionários da Petrobras, uma onda de processos foi iniciado nos EUA. Agora, o mesmo pode ocorrer do outro lado do oceano.

O AP 1, fundo de pensão de US$ 30 bilhões, mantinha até dezembro 3,7 milhões em ativos da Petrobras.

Mas se investidores nos EUA se uniram para lançar um processo nos tribunais contra a empresa, os suecos anunciam que vão abrir um caso separado.

"Temos a intenção de ter nosso próprio processo contra a empresa", declarou um porta-voz do fundo ao FT. Em 2014, as ações da Petrobras perderam 43%.

O segundo maior fundo sueco, o AP3, também examina a possibilidade de abrir um caso contra a empresa brasileira.

"Ainda não decidimos nos unir a uma ação de classe contra a Petrobras. Mas vamos nos assegurar que vamos receber nossa eventual parcela em qualquer tipo de acordo", declarou o fundo ao jornal britânico.

De acordo com o FT, "dezenas de fundos" abriram processos contra a Petrobras desde dezembro. Em fevereiro, eles foram consolidados em uma única ação, liderada pelo fundo de pensão do Reino Unido, a USS. Só ela teria perdido US$ 84 milhões com a turbulência na Petrobras.

No processo conjunto ainda estão a Union Investment, da Alemanha, e o fundo de pensão do estado do Havaí.

O maior fundo de pensão da Holanda, o ABP, também se uniu ao caso, assim como a PGGM.