Esportes
Rafael Tenório descarta compra do CSA, mas admite investir via SAF
Ex-presidente azulino reforça que clube não tem dono e defende implantação da Sociedade Anônima do Futebol
O ex-presidente do CSA, Rafael Tenório, voltou a falar sobre a implantação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no clube e negou que tenha interesse em comprar a instituição. Em entrevista ao GE Alagoas, Tenório afirmou que o CSA não pode ser vendido porque não possui dono, mas destacou que poderia atuar como investidor caso o projeto avance.
Segundo ele, “não tenho interesse de comprar porque o CSA não tem dono. Se tivesse à venda e eu conseguisse falar com o dono, eu compraria. Mas ele não tem dono, eu não sei o valor dele. O CSA não tem dono, ele é nosso.”
Tenório explicou que, caso o CSA se torne uma SAF, “o que eu posso buscar, ou também ser, seria investidor. Juntar cinco, seis, oito, dez pessoas e investir. É um negócio, você vai investir. Se der errado, problema seu. Você perde o que colocou. SAF é isso, é investimento, é risco.”
Ele lamentou não ter conseguido implantar a SAF durante sua gestão, apesar de ter presidido a comissão nacional dos clubes de futebol que discutiu o tema no Congresso. “Eu consegui tudo o que planejei para o CSA e não consegui abrir o clube para ser uma SAF. Por quê? Porque eu tinha dentro do conselho pessoas que não conseguiam acompanhar. Aí, quando falava em SAF, diziam: ‘Ah, ele quer comprar o clube, quer isso, quer aquilo’.”
Na avaliação de Tenório, o CSA está pronto para se tornar uma SAF e citou o caso do Cruzeiro, comprado por Ronaldo Fenômeno, como exemplo de erro de condução. “Quando o Cruzeiro virou uma SAF, eu falei: ‘Começou errado, vai ser contaminado’. No caso do CSA, está certo, porque primeiro nós pedimos uma RJ para blindar quem viesse investir e, depois, você abre a SAF. O Cruzeiro fez a SAF, depois, quando estava sendo contaminado, entrou em RJ.”


