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Alagoano Gustavo Feijó assume papel central na preparação da seleção para a Copa de 2026

Ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol atua como diretor de seleções na CBF e se torna homem de confiança do presidente Samir Xaud

Por Redação* 18/10/2025 15h03
Alagoano Gustavo Feijó assume papel central na preparação da seleção para a Copa de 2026
Alagoano Gustavo Feijó assume papel central na CBF sob gestão de Samir Xaud, sem anúncio oficial - Foto: Divulgação

O dirigente alagoano Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol, passou a exercer a função de diretor de seleções na entidade, cargo de destaque na estrutura que cuida da preparação da equipe nacional para a Copa do Mundo de 2026.

A CBF, no entanto, não oficializou publicamente sua nomeação, alegando que a atual gestão não realiza cerimônias formais de posse.

“Eu não gosto de oba-oba. Não precisa de apresentação oficial”, afirmou Feijó, de 56 anos, ao Estadão. Ele se tornou homem de confiança do presidente Samir Xaud, de quem é próximo desde a eleição do roraimense, em maio deste ano.

Segundo a CBF, a nomenclatura do cargo ocupado é “diretor de futebol masculino”, mas, na prática, Feijó atua como diretor de seleções, supervisionando as equipes principais e de base, além de servir como elo entre o presidente e o departamento técnico. O dirigente trabalha na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e tem presença constante em treinos, reuniões e convocações sob o comando do técnico Carlo Ancelotti.

Feijó retomou espaço na confederação após período de afastamento. Desde o retorno, acompanhou a seleção em todos os compromissos recentes — pelas Eliminatórias, contra Equador, Paraguai, Chile e Bolívia, e em amistosos na Ásia contra Coreia do Sul e Japão. O gaúcho Rodrigo Caetano, atual coordenador executivo geral de seleções masculinas, responde hierarquicamente a Feijó e permanece com contrato até o fim do próximo Mundial.

Com longa trajetória na política esportiva, Feijó já foi vice-presidente nas gestões de Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo, quando ganhou fama por atuar de forma discreta, mas crítica. Em 2021, chegou a questionar a atuação da comissão técnica de Tite.

Em 2022, tentou disputar a presidência da CBF, mas sua chapa não foi registrada. Mais tarde, protagonizou ações judiciais que contribuíram para a crise que resultou na saída de Ednaldo Rodrigues da presidência, embora tenha assinado o acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que buscou encerrar o impasse.

O alagoano também já ocupou cargos simbólicos, como o de chefe de delegação da seleção durante a Copa das Confederações de 2013 e os Jogos Olímpicos de 2016. Na época, foi investigado por supostos desvios de recursos públicos quando era prefeito de Boca da Mata, processo posteriormente arquivado.

Hoje, Feijó é visto como uma das figuras mais influentes na gestão de Xaud, a quem ajudou a eleger. Na ocasião, afirmou que o novo presidente transformaria a CBF em uma instituição “moderna, representativa e sintonizada com as verdadeiras necessidades do futebol nacional”, após o que chamou de “gestões conturbadas” anteriores.

*Com informações do Jornal Extra