O mercado de trabalho brasileiro atingiu novos patamares no trimestre encerrado em julho, com a taxa de desemprego caindo para 5,6%, a menor desde 2013.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também apontou recorde no número de ocupados com carteira assinada, 39,1 milhões, e no total de pessoas empregadas, 102,4 milhões.

O analista William Kratochwill, responsável pela pesquisa, destacou que o cenário reflete um mercado de trabalho aquecido e resiliente. “O estoque de pessoas fora da força de trabalho vem diminuindo, e muitos estão ingressando efetivamente no mercado”, afirmou. A população desocupada no período caiu para 6,118 milhões, enquanto a população desalentada, aqueles que desistiram de procurar emprego, recuou 11%, totalizando 2,7 milhões de pessoas.

O crescimento da ocupação foi puxado por setores como agricultura, informação e comunicação, e administração pública, saúde e educação, que juntos adicionaram quase 1 milhão de empregos. Apesar do avanço, a taxa de informalidade manteve-se em 37,8%, enquanto o número de trabalhadores sem vínculo formal cresceu levemente para 38,8 milhões.

O rendimento médio dos trabalhadores chegou a R$ 3.484, o maior registrado para o período, e a massa de rendimentos alcançou R$ 352,3 bilhões, 2,5% acima do trimestre anterior. Segundo o IBGE, os números confirmam o bom momento do mercado, marcado por expansão e fortalecimento do emprego formal.