Economia
Inflação recua em agosto e preço do arroz cai pela metade em um ano
Redução no custo dos alimentos e combustíveis contribuiu para índice negativo, o mais baixo desde 2022

As famílias brasileiras sentiram um alívio no bolso em agosto com a queda de preços em produtos essenciais da cesta básica.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% no mês, o primeiro resultado negativo desde agosto de 2024 e o mais expressivo desde setembro de 2022.
Entre os alimentos, o destaque foi o arroz, que apresentou recuo médio de 2,61% em agosto.
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o produto teve queda significativa no último ano. “Quem pagava R$ 27 a R$ 30 por cinco quilos de arroz em 2024, hoje paga entre R$ 15 e R$ 18”, disse.
Outros itens também contribuíram para o resultado: tomate (-13,39%), cebola (-8,69%), batata-inglesa (-8,59%) e café moído (-2,17%). Nos combustíveis, houve redução nos preços da gasolina (-0,94%), etanol (-0,82%) e gás veicular (-1,27%).
Teixeira atribuiu a melhora à força do setor agrícola. Segundo ele, o Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 aponta novo recorde de produção, o terceiro consecutivo.
O ministro destacou ainda os investimentos do Plano Safra, que neste ciclo somam cerca de R$ 500 bilhões, sendo R$ 78 bilhões voltados à agricultura familiar com juros subsidiados.
No acumulado de 2025, a inflação está em 3,15%. Já no período de 12 meses, o índice ficou em 5,13%, abaixo dos 5,23% registrados no ciclo anterior. Para o ministro, a tendência de queda deve continuar: “O presidente Lula tem o controle da inflação como uma das suas maiores prioridades”.
