Economia

Estudo revela que fraudes geram prejuízo de R$ 11,2 milhões a empresas

levantamento demonstra que cerca de dois terços dos brasileiros já foram vítimas de fraudes de pagamentos em algum momento, sendo que 42% sofreram esse tipo de golpe no último ano

Por CNN Brasil 16/07/2025 17h05
Estudo revela que fraudes geram prejuízo de R$ 11,2 milhões a empresas
Levantamento revela que cerca de dois terços dos brasileiros já foram vítimas de fraudes - Foto: Reprodução/Freepik

Fraudes geraram, em média, um prejuízo de R$ 11,2 milhões a empresas no último ano até março, alta de quase 35% em comparação ao levantamento realizado em 2024, quando foram contabilizados R$ 8,3 milhões. Os dados são do Relatório do Varejo 2025, realizado pela Adyen.

O levantamento demonstra que cerca de dois terços dos brasileiros já foram vítimas de fraudes de pagamentos em algum momento, sendo que 42% sofreram esse tipo de golpe no último ano.

Deles, um em cada cinco chegou a perder R$ 600. A média é de que esses fraudes tenham tirado R$ 2.903,961 da população.

Esse cenário representa uma alta de 44%, em comparação com o valor registrado no ano anterior.

O aumento na frequência das tentativas de ações fraudulentas também foi observado por 30% das empresas no último ano, principalmente em períodos de alta demanda, como Black Friday e datas comemorativas.

Entre os casos mais usuais, os chargebacks — estornos de compras contestadas pelo consumidor — representam o maior desafio das empresas, impactando financeiramente de forma negativa ao negócio.

O caso de fraude mais recente e que impactou os mercados envolveu a C&M Software, quando ao menos R$ 100 milhões foram levados no ataque hacker sofrido pela empresa prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não têm meios de conexão próprios.

Renato Migliacci, vice-presidente de Vendas da Adyen Brasil, explicou à CNN que "a criminalidade digital evoluiu com rapidez, incorporando ferramentas de automação, roubo de identidade e sequestro de dados, enquanto muitos varejistas ainda operam com sistemas pouco integrados. Isso os torna mais vulneráveis e limita a capacidade de detectar padrões de risco em tempo real".

Ainda segundo Migliacci, esse cenário com maior frequência de fraudes e impactos financeiros maiores não se trata apenas de tecnologia, mas também da necessidade de uma cultura mais robusta de informação, letramento digital e prevenção a fraudes para as pessoas.