Na manhã desta terça-feira, 26, a Usina Pindorama abriu oficialmente a Safra 2025/2026 de cana-de-açúcar, dando o pontapé inicial para o período produtivo no estado de Alagoas.

O primeiro caminhão, com cerca de 80 toneladas de cana, entrou na indústria por volta das 8h. O processamento iniciou logo em seguida, com a passagem da matéria-prima por tombador, mesa de lavagem e esteira metálica; preparo nas primeira e segunda navalhas, desfibrador e moendas de extração de caldo para, na sequência, ser destinada à produção de açúcar e álcool, além de bagaço para a produção de energia.

De acordo com o gerente industrial, Erikson Viana, toda a infraestrutura da indústria está preparada para transformação em grande escala do que vem do campo.

" Estamos muito bem e a usina está pronta, completa. Demos uma organizada boa, principalmente na parte do resfriamento, até porque temos a nossa fábrica de etanol de grãos. Implantamos mais um vácuo na fábrica de açúcar, mais uma coluna de destilação, melhoramos o bombeamento e distribuição de água. Toda parte de moenda está bem equalizada, caldeira revisada. Estamos otimistas e esperando o campo", pontuou Viana.

Estima-se que a safra que se inicia tenha números semelhantes à anterior, cerca de 1 milhão de toneladas de cana. Segundo o gerente agrícola, Danilo Wanderley, essa estimativa se baseia pela escassez hídrica, que causou uma redução de mais de 20% na produção de cana-de-açúcar no estado de Alagoas na Safra 2024/2025.

"Estimamos que devemos repetir a quantidade da safra passada, entre 800 mil e 1 milhão de toneladas, devido ao último verão severo na questão hídrica. A gente depende 100% da natureza. Como nossa área é 80% sequeiro, dependemos de uma boa distribuição hídrica, principalmente após a colheita, que vai nortear o manejo para um desenvolvimento maior da cultura", explicou Wanderley.

Geração de riquezas

O período de moagem da cana-de-açúcar é o mais esperado do ciclo produtivo anual na região do Litoral Sul de Alagoas, onde está localizada a Pindorama. A empresa, que tem cerca de 1.100 cooperados, emprega aproximadamente 1.500 colaboradores no seu quadro permanente.

Durante a safra, esse número dobra, com a contratação temporária de cerca de mais 1.500 trabalhadores, isso sem contar com os empregos indiretos que surgem no entorno da indústria. Ao lado do vice-presidente, Carlos Roberto Santos, e do diretor-secretário, Antônio de Oliveira, o presidente da Cooperativa, Klécio Santos, destacou o período de geração de riquezas.

"Pindorama está dando início ao seu processo de moagem e, como todos nós sabemos, é um novo momento para a economia local, porque gera mais empregos, gera mais negócio, aquece todo o comércio, não só local, mas no estado como um todo, já que a cana tem um peso muito grande para todo o estado de Alagoas, que é o maior produtor de cana do Nordeste. Estamos tanto com a moagem de cana como a moagem de milho, que começou no início do mês de agosto, gerando mais emprego e riquezas para nossa regi&atild e;o", destacou Klécio Santos.

Bênçãos

Na manhã desta terça-feira, 26, pouco antes do início da moagem, ocorreu uma breve cerimônia religiosa para pedir bênçãos para a safra 2025/2026.

Como já havia sido realizada uma missa de abertura da safra de grãos, a diretoria da Pindorama resolveu realizar uma solenidade mais breve, com a participação dos diretores, gerentes e colaboradores da usina, com a condução do padre Luiz Raimundo, auxiliar da Paróquia Nossa Senhora Assunta ao Céu.

A Safra 2025/2026 da Usina Pindorama tem previsão de seguir até meados de fevereiro de 2026. Caso as expectativas se concretizem, a estimativa é de produção de cerca de 55 mil toneladas de açúcar e 30 milhões de litros de etanol.