Cooperativismo

Novos hábitos de consumo redefinem mercados para as cooperativas

As ferramentas digitais e a globalização aceleram transformações

Por mundo coop 30/03/2024 13h01
Novos hábitos de consumo redefinem mercados para as cooperativas
Novos hábitos de consumo redefinem mercados para as cooperativas - Foto: mundo coop

As mudanças nos hábitos dos consumidores nunca foram tão rápidas. As ferramentas digitais e a globalização aceleram transformações, difundem ideias e disseminam comportamentos em uma velocidade sem precedentes. Diante disso, as cooperativas precisam ficar de olho nas novas tendências globais de consumo.

Em busca de uma operação mais competitiva, as cooperativas precisam entender os desejos e anseios dos consumidores. É assim que elas vão entregar produtos e serviços capazes de gerar valor diante das lógicas emergentes de consumo.

Assim sendo, a consultoria Euromonitor International analisou diversos dados e hábitos a fim de indicar quais são as 6 maiores tendências globais de consumo para 2024.

Impactos da IA
A cada dia que passa, a inteligência artificial se integra um pouco mais na vida das pessoas e ferramentas como ChatGPT, Dall-E e Gemini ficam mais acessíveis. Consequentemente, a tecnologia também começa a afetar as decisões de consumo.

A pesquisa Voice of the Consumer: Lifestyle Survey, da própria Euromonitor International, indica que 72% dos consumidores usaram alguma solução tecnológica para aprimorar o cotidiano em 2023. Além disso, 42% dos entrevistados se sentiriam confortáveis em receber informações e sugestões de produtos provenientes de um programa assistente pessoal.

Conforme a tecnologia avança e se difunde, a tendência é que mais pessoas comecem a delegar tarefas à inteligência artificial. Nesse cenário, os negócios precisam se antecipar a fim de oferecer soluções tecnológicas, como a adoção de chatbots no atendimento ou uso de IA para personalizar produtos e recomendações.

O Google, por exemplo, lançou uma ferramenta que permite que as pessoas avaliem como uma determinada roupa cai em diferentes biotipos. Dessa forma, as organizações acreditam que a inteligência artificial pode ajudar a melhorar a experiência de consumo das seguintes maneiras:

Análise de dados de clientes a fim de criar sugestões de compra mais inteligentes.
Criar campanhas de marketing direcionadas a partir de dados de consumo.
Desenvolver chatbots de atendimento ao consumidor capaz de reproduzir interações humanas.
Criar, otimizar e aprimorar páginas de produtos.
Integração de IA no planejamento de compras e viagens.
Consumo para tirar o estresse
O dia a dia de muita gente é estressante e, com isso, as pessoas procuram momentos para fugir da pressão e relaxar. Nesse cenário, proporcionar experiências de consumo positivas, revigorantes e capazes de gerar boas emoções é uma maneira de atrair o público e fidelizá-lo.

O desafio para os negócios é proporcionar esses breves momentos leves, animados, felizes e reconfortantes para seus clientes. Mais da metade dos consumidores ouvidos pela Euromonitor International dizem que compraram em lojas que proporcionam experiências engajadoras.

Mesmo pequenos detalhes podem fazer a diferença. Fugir da linguagem corporativa e adotar um tom mais divertido e intimista durante uma interação com o consumidor é uma forma de dar uma nova roupagem à relação entre pessoa e marca.

Os sentimentos positivos devem ser encorajados não só no marketing, mas também no processo de venda e fazer parte do próprio produto. Brindes personalizados, produtos vibrantes e recompensas inesperadas podem melhorar a experiência do cliente, fortalecendo a imagem positiva do negócio. É hora de colocar o storytelling em ação para contar histórias interativas, integrar pessoas e cativar o público.

O dilema da sustentabilidade
A agenda ESG está ligada às tendências globais de consumo há algum tempo. Não é de agora que as pessoas estão mais conscientes sobre o que compram e tomando decisões de consumo com base na sustentabilidade. No entanto, muita gente já se deu conta que, apesar disso, suas atitudes a nível pessoal não bastam. Com isso, estão cobrando os negócios para que eles sejam mais sustentáveis e gerem impactos positivos no mundo.

Ao todo, 64% dos consumidores tentaram causar mudanças positivas ao meio ambiente com atitudes do cotidiano. Apesar disso, as mudanças climáticas seguem causando catástrofes no mundo todo. Isso tem gerado um ceticismo nas pessoas, que se perguntam: será que suas pequenas atitudes estão, de fato, dando resultado?

Isso não quer dizer que as pessoas vão parar de se preocupar com o meio ambiente. Só que tem muita gente desconfiada sobre as reais ações que as organizações estão fazendo em prol da sustentabilidade. Esses negócios se importam de verdade ou é tudo marketing a fim de vender mais para as pessoas com consciência ambiental?

Para lidar com essa preocupação, as organizações precisam mensurar e divulgar o impacto que causam, sempre com transparência e respeito ao público. Iniciativas sustentáveis de verdade tendem a ganhar ainda mais valor perante os olhos dos consumidores.

Polarizações e posicionamentos
Em meio a um movimento global de polarizações, a reação dos consumidores às marcas que se posicionam é imprevisível. Ao mesmo tempo, essas marcas são questionadas a todo momento sobre seus princípios e visões acerca de determinadas situações controversas. Toda essa situação gera um quebra-cabeça que os negócios precisam montar com cuidado diante de uma das tendências globais de consumo mais complexas.

Ao mesmo tempo, uma grande proporção dos consumidores estão mais preocupados com preços, qualidade e benefícios. Então, se até certo ponto alguns posicionamentos podem atrair ou afastar consumidores, a neutralidade também se apresenta como uma posição.

Acontece que as pessoas mais engajadas, mesmo que não sejam maioria, são as mais expressivas. Dessa maneira, elas se fazem ouvir, sobretudo graças à visibilidade possibilitada pelas redes sociais. Com isso, elas conseguem prejudicar a reputação das marcas. Negócios que entendem bem o seu público, no entanto, podem ganhar clientes leais.

Para lidar com essa questão, a solução é conhecer bem o perfil dos seus consumidores e entender como eles enxergam a sua marca. Antes de marcar – ou não – posição sobre um tema sensível, leve esses fatores em consideração. Sustente essa posição mesmo se houver pressão de outros grupos. Esse movimento, contudo, demanda maturidade corporativa e uma relação próxima com os consumidores.

Em busca de bons negócios
A inflação é um problema no mundo todo. Junto com ela, vem a queda do poder de compra. Nesse cenário, as pessoas ficam atentas às oportunidades de encontrar negócios vantajosos, mas sem desistir de comprar as coisas que querem.

Ao todo, 74% dos consumidores estão preocupados com o aumento dos preços e itens cotidianos. Diante disso, essas pessoas passaram a dar uma atenção maior ao orçamento na hora de fazer compras, mas sem necessariamente abrir mão da qualidade de consumo. Assim, os negócios precisam encontrar saídas para suprir essas demandas.

Dentre as principais alternativas desse público, estão o uso de cartão de crédito, compra de produtos similares ao original e adesão a programas de fidelidade. Essas pessoas também estão de olho em criadores de conteúdo digital que avaliam esses produtos e as ajudam a descobrir o melhor custo-benefício. A fim de economizar, os consumidores também estão:

Cozinhando mais em casa em vez de comer fora.
Cortando gastos não-essenciais.
Reduzindo o consumo de energia.
Comprando produtos de marca própria de supermercados.
Adquirindo produtos em quantidades menores.
Consertando itens danificados ao invés de comprar novos.
Fazendo pagamentos parcelados.
A partir de tudo isso, as cooperativas precisam aumentar a visão de valor ou aumentar o custo-benefício de seus produtos e serviços. Quando o dinheiro fica curto, os consumidores são mais cautelosos em seus hábitos de consumo e precisam entender que estão fazendo um bom negócio.

Bem-estar pragmático
Cuidar da saúde sem maiores complicações. Essa é a ideia por trás do bem-estar pragmático, uma das grandes tendências globais de consumo para 2024. Os consumidores querem soluções de autocuidado que sejam simples, efetivas e capazes de melhorar tanto o físico quanto o mental.

Essas soluções precisam comprovar eficácia e têm de ser fáceis de integrar no cotidiano. Isso agrega valor: 85% dos consumidores tendem a pagar mais por produtos com efeitos comprovados. Tudo isso porque as pessoas querem bons resultados com pequenos esforços.

Só que, para isso, o padrão almejado por essas pessoas também está mudando. Claro, os resultados não estarão visíveis de um dia para o outro. Mas é importante que eles vejam algum progresso no início. Isso os motiva a continuar nessa jornada de bem-estar que se alia à ciência e à tecnologia.

Conclusão: hábitos e tendências globais de consumo
As particularidades da vida moderna estão moldando a forma com que as pessoas lidam com o consumo. Desde a ascensão da IA como uma ferramenta auxiliar até a busca por soluções ágeis para o bem-estar, passando por uma nova visão ambiental, a polarização social, as expectativas sobre a experiência de consumo e os problemas causados pela inflação.

Todos esses fatores desenham as tendências globais de consumo para 2024. Tendências essas que devem ser acompanhadas pelas cooperativas que estão em busca de aderir aos novos movimentos de mercado e ganhar competitividade nos negócios.

Culinária, sonhos e parceria! O Grupo Boni é associado da Sicredi Vanguarda na cidade de Cascavel, no oeste do Paraná, e surgiu de uma parceria entre os sócios Sérgio Junior e Fabrício Bonifácio, a partir de um sonho, uniram a paixão pela culinária e o amor pelos negócios. Hoje o grupo é formado pela rede Boni Sushi e Boni Villa, que une a culinária japonesa e o churrasco brasileiro.

Fabrício trabalhava no mercado de eventos há alguns anos e, junto com a esposa, decidiu abrir um restaurante de comida japonesa no munícipio. “Naquela época todos me chamavam de louco por investir no ramo aqui na região”, comenta o empresário.

O sócio Sérgio chega na história a partir de uma visita de consultoria, ele prestava o serviço para empresários do ramo alimentício. O consultor ofereceu os serviços a Fabrício e após treinamentos com a equipe, eles se aproximaram, acabaram se tornando sócios e aumentando os negócios do grupo.

Sérgio Junior acabou deixando sua vida em Maringá para apostar no novo empreendimento, e se mudou para Cascavel. “Foi assim que começou nossa parceria, sai da minha cidade e embarquei no negócio com ele. Começamos a buscar fornecedores e concretizar o nosso sonho. Ele é um cara que admiro profundamente”, conta.

Atualmente, o grupo é associado da Sicredi Vanguarda de Cascavel, com contas nas agências Cascavel Santo Antônio e Floresta. Para Marcos Ferreira França, gerente da agência Sicredi Floresta, o grupo tem algo muito parecido com o jeito Sicredi de ser. “Eles têm o cliente no centro do negócio, ir a qualquer casa do grupo é uma experiência sensacional, os clientes são chamados pelo nome e recebem o atendimento direcionado. Ter o grupo Boni como parceiro traz uma troca de experiência de negócios muito boa, trazendo prosperidade para nós e para eles”, expõe.

Com 150 colaboradores, parceiros essenciais do negócio, os sócios buscaram no Sicredi um apoio confiável. “Nos sentimos no Sicredi como se estivéssemos em casa. Transmitimos essa confiança aos nossos colaboradores e clientes, assim como somos atendidos no Sicredi”, conclui Fabrício.

“O nosso relacionamento com o associado, é uma conexão genuína, baseada na confiança, transparência e apoio mútuo, como a verdadeira família cooperativa. O Sicredi está em todos os momentos, ajudando a empresa a crescer, prosperar e alcançar os objetivos mais audaciosos”, celebra o gerente da agência Sicredi Santo Antônio, Rafael Ricardo Follmann.