Maceió recebeu nos dias 12 e 13 de setembro o Roga DX, mior encontro de tech innovation do Nordeste. Dentro da programação, uma das atividades mais relevantes foi a maratona de games, promovida pela Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e pelo Laboratório de Inovação Inclusiva da Ufal (Liinc).

A iniciativa reuniu jovens talentos, desenvolvedores e apaixonados pelo universo dos jogos digitais. Mas dentro desse âmbito, um aspecto chama ainda mais atenção: a presença feminina nesse ecossistema. Em meio a um cenário marcado pela predominância masculina, as mulheres estão ocupando espaços, seja como mentoras, líderes de equipes ou produtoras de projetos.

Experiência de quem abre caminhos

Analisando os trabalhos, esteve presente a mentora da maratona, Carla Vasconcelos, que é CEO e fundadora da Code Minds, escola de programação para crianças e adolescentes em Alagoas. Ela destacou o momento como um ambiente fértil para estimular talentos femininos.

“Aos poucos, elas estão se aproximando mais, e isso é muito positivo. A Code Minds, por exemplo, só contrata meninas justamente para inserir as mulheres nesse meio que ainda é tão marcado por homens. As mulheres trazem criatividade, dedicação e um olhar diferenciado para a tecnologia. Ver essas jovens participando de várias Game Jams é muito inspirador”, destacou a mentora.

Entre as competidoras estava Gabriela Santos, que participou da maratona ao lado da equipe vencedora, composta por ela e quatro rapazes.

“As Game Jams são ótimas oportunidades para testar ideias e fazer networking. Além de desenvolver o projeto, sempre trocamos experiências com outras equipes. A participação feminina tem crescido, e acredito que vai aumentar ainda mais nas próximas edições”, afirmou a participante.

Já Keila Albuquerque atuou como produtora de sua equipe, liderando o gerenciamento do projeto. Para ela, a maratona representou tanto um desafio, quanto um espaço de aprendizado.

“Sempre dá uma ansiedade, mas também temos muita animação. A gente espera ganhar, claro, mas acima de tudo é a experiência que vale. O nome do nosso jogo ainda será definido, mas a mecânica já está pronta e o projeto segue firme”, contou a produtora.

Um espaço para criar e inspirar

Além da competição, as participantes reforçam que a maratona é um ambiente de troca e colaboração. Em poucas horas as ideias se transformam em protótipos, amizades e pontes também são construídas, e as equipes saem fortalecidas para outras jornadas no universo digital.

E, para dar ainda mais emoção, os melhores projetos foram premiados: R$ 5 mil para o primeiro lugar, R$ 3 mil para o segundo e R$ 2 mil para o terceiro. Uma oportunidade de reconhecimento que valorizou o esforço das equipes e impulsionou a criatividade dos participantes.

Programação e premiação

O Roga DX aconteceu até a noite de sábado (13/09), com uma programação que incluiu palestras, oficinas, rodadas de negócios e outras experiências ligadas à cultura digital. Para saber mais sobre o evento que vem acontecendo anualmente, acesse rogadx.com