Agro

Presidente do Sindaçúcar-AL alerta para perdas do setor com a exportação de açúcar para os EUA com tarifaço

De acordo com o dirigente do setor sucroenergético do estado, com o tarifaço Alagoas perde 15% em volume de exportação para os Estados Unidos e 20% em valor

Por BCCOM Comunicação 02/09/2025 08h08
Presidente do Sindaçúcar-AL alerta para perdas do setor com a exportação de açúcar para os EUA com tarifaço
Pedro Robério Nogueira - Foto: BCCOM Comunicação

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e Etanol no Estado de Alagoas – Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, destacou a preocupação do setor sucroenergético com as tarifas impostas pelos Estado Unidos da América (EUA) ao Brasil e que represente perdas expressivas de receita, principalmente no caso de Alagoas, na agroindústria da canavieira.

“Estamos vivendo uma presença muito forte de uma série de elementos depreciadores de preço. O primeiro é o preço internacional do açúcar que de certa forma já está um pouco menor que o praticado na safra passada já que câmbio também caiu. O preço em Real de exportação de açúcar sofreu uma certa depressão. Mas o que mais está incomodando esse tarifaço do presidente Tramp que fez com que um volume importante de açúcar com um preço também muito importante, que era destinado ao mercado americano, com a taxação ele se inviabiliza”, alertou Nogueira.

De acordo com o dirigente do setor sucroenergético do estado, com o tarifaço Alagoas perde 15% em volume de exportação para os Estados Unidos e 20% em valor, caso a tarifação não seja revista até o período que viabilize os embarques para o mercado americano.

Segundo ele, no caso do etanol, “há uma melhoria expressiva no hidratado. Mas, no geral, o preço médio do etanol está baixo. Com duas guerras acontecendo no mundo e o preço do petróleo está caindo e está puxando o etanol junto. A nossa expectativa é que esse cenário não perdure e que possamos ainda durante a safra recuperar esse preço do etanol. Nesse momento, ele está deprimido. Mas estamos iniciando a safra 25/26 e é possível que movimentos de mercado façam com que tenhamos uma recuperação”, concluiu.