Agro

Safra 23/24 deve ser marcada pelo aumento da produtividade industrial

A expectativa das 15 unidades produtoras é produzir 500 milhões de litros de etanol e 1,5 milhão de toneladas de açúcar

Por BCCOM Comunicação 14/02/2024 14h02
Safra 23/24 deve ser marcada pelo aumento da produtividade industrial
Imagem ilustrativa - Foto: Reprodução/Internet

Com mais de 14,8 milhões de toneladas de cana já processadas desde o início da moagem, a safra 23/24, que entrou na reta final, acumula um crescimento de 12,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar de a variação positiva, o setor espera beneficiar próximo de 20 milhões de toneladas de cana. Apesar da expectativa de menos cana nas esteiras das usinas, a produção industrial de açúcar e de etanol deve ser maior.

Face a moagem passada, quando foram esmagadas quase 21 milhões de toneladas de cana, a expectativa das 15 unidades produtoras é produzir 500 milhões de litros de etanol e 1,5 milhão de toneladas de açúcar.

“Este cenário nos iguala ou superar em pequena quantidade estes produtos finais na safra 22/23. Ele é reflexo de uma explicação agronômica, cana rica. Ela tem um potencial no campo de esmagamento maior que a safra passada.

Houve, a partir de novembro, uma questão climática que interrompeu o desenvolvimento da planta colhida de janeiro a março. Mas ele fez a cana maturar, gerando uma maior concentração de açúcar. Isso tem um rendimento industrial importante o que faz com que uma pequena moagem indique uma repetição ou pequeno acréscimo na produção final de açúcar e etanol”, afirmou o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.

Exportação

Segundo o executivo do setor sucronergético, Alagoas encerrou o ano de 2023 com aumento do número de exportação do açúcar e deve manter este movimento de mercado para 2024. “A preferência de exportação de produtos finais – sobretudo o açúcar em Alagoas – é meio vocacional. Temos a relação de frete, produtor, porto e destino final que cria um ambiente econômico de competividade no transporte. Quando isso vem associado a uma oportunidade de preço, que foi o que se verificou em meados e até o final do ano que passou, a tendência é que essas preferências sejam exercidas com mais intensidade. Ela se reflete também nas cotas preferenciais os mercados para os Estados Unidos e a União Europeia, na qual só o Nordeste pode fazê-lo”, destacou.

Só em 2023, as exportações de açúcar por Alagoas geraram mais de 3,5 bilhões, gerando mais empregos na e conomia local. “É a matéria-prima financeira para que possamos prosseguir com este programa de irrigação, uso de novas tecnologia, manejo de canavial. Essa é a parte mais importante. Com isso, podemos irrigar, no sentido financeiro, a nossa atividade por parte dos empresários e fornecedores de cana”, afirmou Pedro Robério, lembrando que o setor gera em Alagoas aproximadamente 60 mil empregos diretos com a atividade estando presente em 57 dos 102 municípios do estado, gerando a economia.