O pré-candidato à Presidência da República Renan Santos, do Partido Missão, provocou polêmica ao fazer um ataque direto a políticos de Alagoas, a quem chamou de “droga” em um vídeo divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira (22). A fala utilizou um trocadilho para sugerir que o estado seria responsável por “exportar” lideranças que, segundo ele, causariam danos ao país.

No vídeo, Renan Santos afirma que o problema não estaria em entorpecentes, mas em figuras políticas que alcançaram projeção nacional. Para o dirigente partidário, a repetição dessas lideranças no poder seria resultado de um ciclo eleitoral que, em sua avaliação, perpetua práticas criminosas e impede avanços estruturais.

Entre os alvos citados estão o deputado Arthur Lira, apontado por Renan como articulador do orçamento secreto, além do ex-presidente Fernando Collor. O pré-candidato também direcionou críticas ao senador Renan Calheiros e ao ministro dos Transportes, Renan Filho, citando a presença contínua do grupo no cenário político brasileiro.

Ao justificar o ataque, Renan Santos relacionou a atuação dessas lideranças aos indicadores sociais do estado. Ele mencionou dados como baixo Índice de Desenvolvimento Humano, dificuldades no acesso ao saneamento básico, altos índices de analfabetismo e problemas crônicos na segurança pública e na economia.

O discurso avançou para a defesa de uma intervenção federal em Alagoas. Segundo o pré-candidato, a nomeação de um interventor sem vínculos políticos locais seria a única alternativa para enfrentar os entraves estruturais do estado e romper com décadas de concentração de poder. Para ele, lideranças oriundas de um território marcado por desigualdades não deveriam influenciar decisões nacionais.

Com agências.