O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (22) a prisão preventiva de Jair Bolsonaro após o Centro de Monitoramento do Distrito Federal registrar, às 0h08, uma violação na tornozeleira eletrônica do ex-presidente. Para Moraes, o episódio indica uma tentativa real de fuga.

A decisão foi tomada depois de a Polícia Federal alertar que a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, marcada para ocorrer diante do condomínio onde o ex-presidente reside, poderia criar tumulto e dificultar a fiscalização. O ministro observou que a mobilização, divulgada como um ato de oração pela saúde de Bolsonaro, reproduziria o mesmo padrão dos acampamentos golpistas montados em 2022, podendo também favorecer uma tentativa de evasão.

Em 17 páginas, Moraes destacou que a violação da tornozeleira, somada à proximidade do trânsito em julgado da pena de 27 anos e 3 meses e à articulação promovida pelo filho do ex-presidente, representa um “altíssimo risco à ordem pública e à aplicação da lei penal”.

*Com informações do Jornal extra