Depois da “chapa do barulho” do PSD, da “chapa mágica” do MDB e da “chapa surpresa” da Federação Solidariedade-PRD, vem aí a “chapa do encanto”. O prefeito de Maceió e presidente estadual do PL, JHC, trabalha desde já na montagem de grupo competitivo para a eleição de 2026 — que, segundo aliados, poderá eleger de um a dois deputados federais em Alagoas.

A chapa também poderá ser a da renovação, especialmente num pleito que tende a ser marcado pela reeleição de pelo menos 7 dos 9 atuais deputados federais.

O grande destaque será a pré-candidatura da primeira-dama de Maceió, Marina Candia, que deve representar o grupo político de JHC na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. O prefeito vem preparando o nome da esposa com antecedência, apostando em seu carisma e grande alcance nas redes sociais — mais de 400 mil seguidores — para projetá-la politicamente.

Marina tem presença constante em ações sociais e comunitárias na capital e é vista por aliados como uma candidata “encantadora”, tanto pela simpatia e forma de se comunicar com o público quanto pela imagem leve e positiva. “Ela tem uma capacidade natural de aproximação com as pessoas. É o nome ideal para representar o novo perfil de liderança que o PL quer apresentar”, avalia um interlocutor próximo a JHC.

Em 2022, o prefeito apoiou o irmão, Dr. João Antônio, que obteve mais de 90 mil votos, mas acabou não eleito em razão do quociente eleitoral. Agora, com Marina Cândia, JHC aposta em um desempenho superior e em uma chapa reforçada por nomes de peso da direita e do centro-direita.

Entre os nomes cogitados para compor a “chapa do encanto” estão pelo menos três vereadores de Maceió, entre eles o presidente da Câmara Municipal, Chico Filho.

A composição completa da chapa só deve ser definida em abril do próximo, depois que acabar o prazo de filiação partidária. Isso porque se especula que pelo menos um ou até três dos atuais deputados federais – entre os quais Alfredo Gaspar, Marx Beltrão e Fábio Costa - poderiam migrar para a chapa do PL.

Outro nome em potencial é Gunar Nunes, coordenador da Assembleia de Deus em Maceió, que pode atrair o voto do segmento evangélico, ampliando a base de apoio da legenda.

Com Marina Candia à frente e um grupo de candidatos bem posicionados, o PL tende a entrar na disputa proporcional com a expectativa de eleger ao menos um deputado federal — e, com a matemática a seu favor, até dois. Se confirmada a entrada de Gaspar, Beltrão ou Costa, o cálculo muda. A filiação de um deles garantia a segunda vaga e a filiação dos três garantiria ao menos três vagas. Mas essa é outra história.