Política
EUA e China estão em disputa comercial, mas se mantêm abertos ao diálogo
Especialista observou que, embora ambas as potências mantenham uma postura firme, nenhuma quer romper os canais diplomáticos

Nesta terça-feira (21), o analista turco Gokhan Gocmen, declara, em uma entrevista à Sputinik, que em meio ao tarifaço e a restrição de minerais entre os Estados Unidos e a China ainda há possibilidade de acordos, pois existe a necessidade da diplomacia entre ambos.
O especialista observou que, embora ambas as potências mantenham uma postura firme, nenhuma quer romper os canais diplomáticos. Citando o analista Gideon Rachman, do The Financial Times, Gocmen ressaltou que, se o conflito continuar, "a vitória a curto prazo pode ser da China".
De acordo com ele, as duas partes defendem suas posições, mas se preparam para o diálogo. "Acredito que Trump está mais interessado na negociação", afirma Gocmen.
Ele destacou ainda que Pequim dispõe de amplos instrumentos de pressão, como o controle de elementos de terras raras e insumos farmacêuticos. "Cerca de 700 medicamentos usados nos EUA têm componentes chineses, inclusive para tratamentos contra o câncer", ressaltou.
O comentário veio após o presidente Donald Trump anunciar que pretende se reunir com Xi Jinping, seu equivalente chinês, na Coreia do Sul para discutir um "acordo comercial justo". Ele advertiu que, se o diálogo fracassar, a China enfrentará tarifas de até 155%.
Nos últimos dias, a China impôs restrições à exportação de minerais estratégicos, enquanto Washington anunciou tarifas de até 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, contudo, disse que os EUA podem adiar as novas medidas para facilitar um encontro entre os dois líderes.
