Política
Trump anuncia viagem à China em 2026
O atual presidente dos Estados Unidos, voltou a ameaçar a China nesta segunda-feira (20), declarando que vai aumentar as tarifas sobre produtos chineses em até 155%

Por Sputinik Brasil.
Na última sexta-feira (17), Trump declarou que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas que ele foi forçado a adotá-la em razão da postura chinesa e elevando a taxa média para 157%, por meio de tarifaço.
"Acho que vamos nos sair muito bem com a China. A China não quer conflito", disse Trump a jornalistas na Casa Branca. "Temos o melhor de tudo e ninguém vai mexer com isso. Acredito que vamos fechar um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos satisfeitos", disse ele.
Trump declarou que pretende viajar à China no início de 2026 a convite de Pequim. "Fui convidado para ir à China e farei isso no início do próximo ano. Está mais ou menos planejado", disse o presidente a repórteres ao receber o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, na Casa Branca, mais cedo.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que se reunirá com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, na próxima semana na Malásia. De acordo com o Financial Times (FT), o encontro é visto como um possível avanço nas relações comerciais entre os dois países e pode influenciar a realização da cúpula entre Trump e seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul. Apesar de ter sugerido anteriormente que não valeria a pena se reunir com Xi, Trump mudou de posição.
A reunião ocorre em meio a tensões crescentes, após a China anunciar controles rigorosos sobre a exportação de terras raras e minerais essenciais, o que ameaça as cadeias globais de suprimentos. Bessent classificou a medida como uma "escalada substancial e não provocada", enquanto Trump reagiu com a ameaça de uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses, elevando a taxa média para 157%.
No início do mês, Pequim anunciou um conjunto abrangente de controles sobre a exportação de terras raras e tecnologias associadas. As novas regras exigem aprovação chinesa para exportações de ímãs que contenham traços de terras raras ou que tenham sido produzidos com tecnologia chinesa.
As medidas representam uma versão chinesa da regra de produtos estrangeiros diretos dos EUA, usada por Washington para restringir exportações de semicondutores à China.
As primeiras restrições chinesas foram introduzidas em abril, como resposta às tarifas impostas pelo governo Trump. A escassez resultante afetou a produção automotiva nos EUA e levou Washington a negociar.
A China domina amplamente o setor: responde por 70% da mineração, 90% do processamento e 93% da fabricação de ímãs de terras raras. O governo chinês afirma que as novas regras visam proteger sua segurança nacional e evitar o uso indevido desses materiais em aplicações militares e sensíveis — o mesmo argumento usado por Washington.
