Prefeito de Maceió se consolida como uma das principais lideranças do Estado ao preservar o comando da legenda com maior bancada da Câmara dos Deputados

O tabuleiro da política de Alagoas vive um momento de reconfiguração. A formação da federação União-PP que ficará sob o comando estadual do presidente da Câmara, Arthur Lira, lhe garante a posição de líder com maior peso proporcional no Congresso Nacional pelo Estado. A federação soma 109 deputados federais em Brasília, o que a torna a maior bancada da Câmara.

Logo em seguida, aparece o PL, sob a liderança do prefeito de Maceió, JHC, que se mantém no comando da legenda mesmo diante das especulações sobre uma eventual migração para o PSB. O PL é hoje a segunda maior bancada da Câmara, com 95 deputados federais, e mantém posição importante nas negociações de alianças, especialmente na oposição ao governo federal e estadual.

Esse posicionamento reforça o espaço político de JHC, que, além de sua popularidade como prefeito, soma agora a força de ter à disposição um partido estruturado nacionalmente e com ampla influência local.

O jogo partidário em Alagoas

Além de Lira e JHC, outros nomes seguem como peças-chave no tabuleiro estadual. Renan Calheiros comanda o MDB, que tem 42 deputados federais; o governador Paulo Dantas comanda o PSD, que reúne 45 deputados, e ainda o PSB, legenda com 16. O deputado estadual Antônio Albuquerque está à frente do Republicanos, que conta com 44 cadeiras na Câmara.

Na lista também estão Rodrigo Cunha, com o Podemos, de 17 deputados, Ronaldo Lessa com o PDT, com 16 deputados, Adeilson Bezerra, do Solidariedade com 5 e Ronaldo Medeiros, que assumiu recentemente o comando do PT em Alagoas, partido que soma 69 parlamentares em Brasília.

Cada um, a seu modo, detém um ativo estratégico: o domínio de legendas com potencial para definir chapas proporcionais e influenciar composições majoritárias. Neste novo cenário, quem tem partido tem poder, e quem soma partido com base eleitoral consolidada, tem mais ainda.

O peso der JHC

O peso político de JHC não se limita à prefeitura de Maceió. O fato de ter a mãe, Eudócia Caldas, como senadora, e a tia, Marluce Caldas, como ministra do STJ, reforça sua rede de influência. Esse conjunto amplia seu poder de fogo e dá solidez ao seu projeto de permanecer entre os protagonistas da política estadual.

Seja para concluir o mandato na prefeitura, seja para eventualmente se afastar em abril de 2026 e disputar outro cargo, JHC chega fortalecido. Ao manter-se no PL, garante um espaço estratégico no jogo eleitoral e se posiciona como uma das lideranças mais poderosas de Alagoas.