O cenário, hoje, é de acomodação entre os principais líderes políticos de Alagoas. No governo, os nomes dos majoritários para 2026 estão definidos. Renan Filho será candidato a governador e Renan Calheiros disputa a reeleição para o Senado.

Na oposição, Arthur Lira é considerado no momento “o nome” para o Senado.

Isso considerando que o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), que era apontado como forte candidato ao governo ou ao Senado, não deixa o cargo em abril do próximo ano para disputar as eleições de 2026.

Acomodação porque não “sobraria” nenhum dos três nomes. Sem JHC , não existe adversário para Renan Filho. E tudo indica que Renan Calheiros e Arthur Lira podem ganhar o Senado com certa facilidade.

O problema é que pode surgir um Davi Davino Filho no meio do caminho. O ex-deputado foi bem em 2022 e teve mais de 40% dos votos para o Senado. No momento, ele avalia voltar à disputa no próximo ano, mesmo sem grandes apoios no meio político.

Com experiência em campanhas majoritárias, Davi seria um candidato “outsider”, pronto a desafiar os “caciques” da política, fazendo campanha nas redes, na TV e nas ruas como voz "solitária" da "renovação" e da "resistência".

Chances? Ele vai bem nas pesquisas, especialmente na grande Maceió, mas tem pouca penetração no agreste e sertão.

Como será uma eleição de duas vagas, Davi avalia que pode calibrar a estratégia, ganhando maior densidade na capital - o que é possível, especialmente se JHC e Alfredo Gaspar não forem candidato ao Senado.

Em 2018, Rodrigo Cunha (Pode) ganhou uma eleição para o Senado quase assim, apenas com o apoio de Téo Vilela e JHC, disputando contra Renan Calheiros, Biu de Lira e Maurício Quintella.

Sem nada a perder, Davi vem se preparando para a disputa. Mantido esse cenário, para ele não será ruim. Afinal, pode apostar no discurso e na estratégia que fez de JHC e Rodrigo Cunha grandes vencedores eleitorais mesmo disputando as eleições como outsiders. Mas essa é outra história.