A prefeitura de Maceió entrou na mira da CPI Braskem. Literalmente. Os senadores que integram a comissão prometem investigar indícios de superfaturamento no uso do dinheiro que foi pago até agora pela companhia, cerca de R$ 950 milhões, ao município. A principal suspeita recai sobre um negócio até hoje cercado de mistérios: a compra do Hospital do Coração, depois transformado em Hospital da Cidade.

“O possível superfaturamento na aquisição de um hospital pela prefeitura de Maceió (AL) com dinheiro de indenização da Braskem chamou a atenção dos integrantes da CPI da Braskem nesta terça-feira (23).”, diz trecho de reportagem da Agência Senado.

“Ouvido pela comissão, o procurador-geral do município de Maceió, João Luis Lobo Silva, informou que do total de R$ 1,7 bilhão pactuado entre a mineradora e a prefeitura, somente R$ 950 milhões teriam sido pagos até agora. Desse valor, segundo o depoente, a gestão municipal decidiu aplicar cerca de R$ 260 milhões na compra de um hospital de alta complexidade ainda inacabado, o que causou perplexidade entre os senadores”, continua a reporgtagem.

Sem explicação

João Lobo teve dificuldades em explica como o dinheiro pago pela Braskem está sendo gasto pela prefeitura. E disse que do total recebido, R$ 950 milhões, o município tem guardados apenas R$ 300 milhões. Parte destes recursos é formada pelos R$ 250 milhões transferidos pela empresa no último dia 15 de abril.

Até o momento, confirmou Lobo, não há valores da indenização paga pela Braskem, destinados ao Fundo de Amparo aos Moradores (FAM);

Os recursos, segundo ele, foram gastos principalmente com a compra do Hospital da Cidade e com “creches”.

Veja um resumo do texto da Agência Senado:

- Superfaturamento Suspeito: A CPI da Braskem investiga um possível superfaturamento na compra de um hospital pela prefeitura de Maceió, financiado com indenização da Braskem.

- Custos Questionados: O valor de R$ 266 milhões para um hospital inacabado e com poucos leitos é considerado absurdo por membros da CPI.

- Falta de Consulta Pública: Critica-se a falta de consulta à comunidade sobre a utilização dos recursos da indenização, especialmente para os afetados pelo afundamento do solo.

- Transparência Exigida: A CPI solicita esclarecimentos sobre o uso dos recursos da indenização e as perdas de arrecadação do município de Maceió.