Política

Rodoviários rejeitam proposta e ameaçam paralisar serviços em Maceió

Categoria solicita reajuste de 7,5% e rejeita contraproposta patronal em assembleia

Por Vinícius Rocha* 23/04/2024 14h02 - Atualizado em 23/04/2024 16h04
Rodoviários rejeitam proposta e ameaçam paralisar serviços em Maceió
Rodoviários rejeitam proposta patronal - Foto: Assessoria

Na tarde de segunda-feira (22), na sede do Sindicato dos Rodoviários de Alagoas (Sinttro-AL), os trabalhadores do transporte público urbano de Maceió e intermunicipal de Alagoas tomaram uma decisão unânime: rejeitaram a contraproposta de 6% de reajuste salarial oferecida pelas empresas de ônibus. A assembleia, marcada por uma grande presença sindical, refletiu a insatisfação da categoria, que demanda um reajuste de 7,5%, com a possibilidade de fracionamento em duas vezes, além de um aumento equivalente de 7,5% no ticket alimentação, de forma imediata. Em caso de não atendimento às exigências, os trabalhadores indicaram a possibilidade de entrar em estado de greve.

O Sinttro-AL adotou uma estratégia de negociação baseada em ganhos progressivos para a categoria. Propôs, então, dividir o reajuste em duas parcelas: uma correção inflacionária imediata de 4,5% e um ganho real de 3% em setembro. Essa abordagem visa não só garantir um aumento gradual de salário para os trabalhadores, mas também assegurar a sustentabilidade financeira das empresas de transporte, visto que as parcelas propostas permitiriam um equilíbrio econômico.

Sandro Reges, presidente do Sinttro-AL, ressaltou que as medidas adotadas pelo sindicato têm como objetivo primordial o bem-estar dos trabalhadores e estão alinhadas com a realidade orçamentária local. Ele destacou: "Nossa diretoria, em constante diálogo com a base, busca sempre uma solução positiva para os rodoviários. Não adianta defendermos propostas que estejam fora da realidade. Nossas sugestões são sempre viáveis, o que tem garantido tantas conquistas ao longo dos anos."

Além da questão salarial, o sindicato está empenhado em incluir na Convenção Coletiva de Trabalho a regulamentação de 30 minutos de intervalo na jornada de trabalho, a estabilidade do motorista na mesma escala por pelo menos 30 dias e o adiantamento de 40% do salário até o dia 20 de cada mês.

*Com assessoria