Política

Rui acusa JHC de vender Maceió para a Braskem: "Maior Negócio Especulativo do País"

Acusações do ex-prefeito de Maceió aconteceram no ''Jornal da Manhã'''

Por Redação 04/01/2024 14h02 - Atualizado em 04/01/2024 16h04
Rui acusa JHC de vender Maceió para a Braskem: 'Maior Negócio Especulativo do País'
Rui Palmeira - Foto: Reprodução / Instagram

Durante entrevista no 'Jornal da Manhã' nesta última quinta-feira, 28, Rui Palmeira, secretário de Infraestrutura de Alagoas e ex-prefeito de Maceió, lançou acusações graves contra o atual prefeito João Henrique Caldas, conhecido como JHC (PL), alegando que o chefe do executivo municipal teria "vendido a cidade para a Braskem". 

As alegações de Palmeira geraram incertezas em relação aos acordos entre a prefeitura e a gigante petroquímica, levantando questionamentos éticos e legais sobre a natureza dessas transações. 

Uma das transações em questão refere-se a um acordo assinado em 21 de julho de 2023, no qual a Braskem comprometeu-se a pagar R$ 1,7 bilhão à prefeitura de Maceió. Em contrapartida, o acordo, assinado pelo prefeito JHC, concede quitação total à empresa por danos ambientais decorrentes da extração de sal-gema, abrangendo passado, presente e futuro. 

Rui Palmeira destacou alguns pontos cruciais durante a entrevista:

1. Quitação


Palmeira acusou JHC de conceder quitação "rasa, geral e irrestrita, irretratável e irrevogável" para danos presentes e futuros. Esse aspecto levanta questionamentos sobre a responsabilidade da Braskem em casos de incidentes futuros relacionados à extração de sal-gema. 

2. Danos futuros

O secretário de Infraestrutura expressou sua preocupação com a cláusula que abrange danos futuros, comparando-a a uma situação em que um agressor estaria liberado para repetir a agressão indefinidamente. Ele destacou a temeridade dessa abordagem, considerando qualquer incidente relacionado à extração de sal-gema, direta ou indiretamente. 

3. Venda de Maceió

Rui Palmeira não poupou críticas ao prefeito, acusando-o de vender não apenas áreas específicas, mas toda a cidade para a Braskem. Ele afirmou que ruas, calçadas, jardins, parques e demais áreas públicas agora pertencem à empresa, caracterizando o acordo como "o maior negócio especulativo imobiliário da história deste país". 

O secretário de Infraestrutura concluiu a entrevista mencionando que o acordo é tão vergonhoso que JHC solicitou um novo acordo quando o anterior veio à tona. As acusações de Rui Palmeira colocam em xeque não apenas a gestão municipal, mas também a ética e legalidade das relações entre o poder público e a iniciativa privada em Maceió.

Veja o vídeo abaixo: