Política

Lula defende trabalhadores de aplicativo e vai criar comissão para novas regras trabalhistas: "mundo do trabalho mudou"

Presidente se reuniu com centrais sindicais no salão nobre do Palácio Planalto

Por Redação* 18/01/2023 16h04 - Atualizado em 18/01/2023 17h05
Lula defende trabalhadores de aplicativo e vai criar comissão para novas regras trabalhistas: 'mundo do trabalho mudou'
Lula discursou para sindicalistas nesta quarta-feira (18) - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira (18), que trabalhadores por aplicativo tenham um novo sistema de seguridade social que os atenda suas necessidades. Ele reuniu-se com centrais sindicais, no salão nobre do Palácio do Planalto.

"Os trabalhadores de aplicativo não são microempreendedores, porque não têm um sistema de seguridade social que os proteja em casos de acidentes ou doenças", declarou.

“Aqui, entre esses dirigentes sindicais, ninguém quer voltar a construir a estrutura sindical tal como era. As pessoas sabem que devem haver mudanças, as pessoas sabem que o mundo do trabalho mudou, que é preciso a gente se modernizar, é preciso a gente se reinventar a nível de estrutura e é necessário a gente se reinventar na construção de uma nova relação entre capital e trabalho”, iniciou Lula.

“É porque nós vamos criar uma comissão de negociação; primeiro, com os sindicatos, com o governo, com os empresários, para a gente acabar com essa história de que o trabalhador de aplicativo é um microempreendedor. Ele não é um microempreendedor. Ele percebe que ele não é microempreendedor quando ele se machuca, quando ele fica doente, quando quebra a moto, quando quebra o carro. Ele começa a perceber que ele não tem um sistema de seguridade social que garanta a ele, num momento – eu diria – de sofrimento, num momento de infortúnio”, prosseguiu.

Lula defendeu a construção de “uma nova estrutura sindical”, com novos direitos para a economia atual. “O mundo do trabalhou mudou muito”, frisou.

No evento desta quarta, foi anunciada a criação de três grupos de trabalho (GTs) para propor mudanças na regra de reajuste do salário mínimo e na legislação trabalhista.

Um dos grupos vai elaborar regras justamente para a contratação de direitos trabalhistas, com direitos garantidos a entregadores e motoristas, por exemplo.

Incluir os trabalhadores de aplicativos na CLT foi uma das promessas de campanha de Lula. O direito ao seguro de vida em caso de acidente é um dos pontos mais destacados pelas centrais sindicais.

Estavam presentes no evento os seguintes representantes:


1. Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto

2. Presidenta da Intersindical Central Sindical, Nilza Pereira

3. Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch Auersvald

4. Vice-presidente da Central Pública, Hugo Renê

5. Presidente da Central Conlutas, Luiz Carlos Prates

6. Presidente da Intersindical Instrumento de Lutas, Emanuel Melato

7. Presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo

8. Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah

9. Presidente da Força Sindical, Miguel Torres

10. Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre

*Com Metrópoles