Em 2010 o então deputado estadual Paulão (PT) decidiu dar um passo mais largo na política de Alagoas. Foi candidato pela primeira vez para a Câmara dos Deputados. Teve 36.621 votos (2,59% dos válidos), garantindo a primeira suplência.

Para muitos, seria o fim da carreira política dele. Não foi. Em 2012, o deputado federal Joaquim Beltrão (MDB) foi eleito prefeito de Coruripe, renunciou e abriu vaga para Paulão.

Com dois anos de mandato, o petista fez o dever de casa, trabalhou em dobro e foi reeleito em 2014 com 53.284 votos ou 2014 3,85% dos válidos.

Em 2018, poucos acreditavam que ele conseguisse. Paulão concorreu numa chapa muito competitiva e superou nomes como Carimbão e Ronaldo Lessa, conseguindo mais uma vez se reeleger. Teve 60.900 votos ou 4,18% dos válidos.

Nas eleições deste ano, poucos acreditavam que ele pudesse ser reeleito. Aparecia com uma única chance: a da eleição de dois federais pela Federação PT/PV/PCdoB. Mais uma vez, a matemática eleitoral ajudou. Até o último momento da apuração, havia dúvidas se ele conseguiria. Deu certo. Paulão foi reeleito com 65.814 votos ou 3,98% dos válidos.

Agora no seu quarto mandato, o deputado federal do PT pode ser chamado de sobrevivente – literalmente. Da bancada eleita em 2010 só sobrou ele e Arthur Lira.

Nomes como Rosinha da Adefal, Célia Rocha, Carimbão, Ronaldo Lessa, Maurício Quintella, Cícero Almeida, Tereza Nelma, Nivaldo Albuquerque, Pedro Vilela e Severino Pessoa foram deputados junto com eles e não conseguiram ser reeleitos.

Em vídeo que gravou para as redes sociais, Paulão agradece os eleitores, não só pela sua eleição, mas também pela vitória de Ronaldo Medeiros (PT) e Sílvio Camelo (PV) para a Assembleia Legislativa e avisa que a campanha não parou.

“Muito obrigado, Alagoas, por confiar no nosso mandato e trabalho. Vamos continuar na luta.Mas temos uma batalha a vencer antes: eleger Paulo Dantas Governador e Lula Presidente para fortalecer ainda mais nosso estado e o Brasil”, aponta.