Há quem aposte numa gestão a quatro mãos ou num Executivo comandado pela Assembleia Legislativa se Paulo Dantas for eleito governador tampão, em eventual afastamento de Renan Filho, a partir do próximo mês.

A “leitura”, avisa um influente interlocutor, está errada. “Não existe isso. Marcelo Victor será o presidente do Legislativo e Paulo Dantas governador, cada um no seu papel”, avisa.

O compromisso assumido entre os parlamentares é que o futuro governador, mesmo que seja um aliado, terá independência para governar Alagoas e manterá boa relação com o Legislativo, sem loteamento de cargos ou pressão para a votação de matérias importantes.

“A relação será republicana. A aliança política será mantida, mas com independência dos poderes, como tem sido até agora. Não vai mudar porque todos sabem que cada um terá seu papel e responsabilidades”, avisa o interlocutor.

O próprio Marcelo Victor, apesar da liderança que exerce no Legislativo, está consciente que o próximo governador terá independência para atuar e exercerá liderança no processo de sucessão. Talvez por isso tem dito a vários aliados que não existe mais “grupo do MV” e agora faz parte do “grupo de Paulo Dantas”.

Informações de que o futuro governador, seja Paulo Dantas ou qualquer outro, irá “obedecer” Marcelo Victor seriam, na avaliação de vários analistas, parte da estratégia de adversários para tentar desqualificar o próximo chefe do Executivo. “Essa turma, inclusive alguns profissionais da comunicação, tem trabalhado a favor de um determinado candidato”, insinua o interlocutor.