Política
JHC com Lula, Rodrigo Cunha com Renan: a reviravolta da “federação” em AL
Esse cenário seria inimaginável sem o acordo que está sendo construído pelo PT e PSB

Tudo pode acontecer. E certamente acontecerá algo novo, diferente, no processo político e eleitoral de Alagoas.
Renan Filho fica ou sai? A aposta de hoje é que ele deixa governo. Fecha acordo com o grupo de Paulo Dantas e com Arthur Lira ou tenta decolar em voo solo, trabalhando para fazer seu sucessor?
Faltando apenas dois meses para o prazo final de desincompatibilização, ninguém em Alagoas é dono do próprio destino político – ao menos no momento.
Nossos caciques aguardam pelo que vão decidir os “grandes chefes” da política nacional.
A Federação PT/PSB pode colocar o prefeito de Maceió, JHC, o deputado federal Paulão e o presidente Lula no mesmo palanque em Alagoas. Algo que seria inimaginável no cenário local sem a aliança que está sendo construída pelos dois partidos no cenário nacional.
Não bastasse o “vendaval” da federação PT e PSB, que apesar de divergências pontuais, é bem aceita por lideranças dos dois partidos em Alagoas, a formação de uma nova federação pode provocar uma reviravolta na política alagoana – literalmente.
O MDB de Renan Calheiros e Renan Filho está discutindo a formação de uma federação com o PSDB de Rodrigo Cunha.
Por força de uma decisão nacional, Rodrigo e Renan poderão formar chapa juntos na eleição deste ano.
Poderão?
O que dirão Rodrigo Cunha e Renan Filho ao serem consultados por seus partidos pelos dirigentes nacionais sobre essa a união?
Para eles e para aqueles quer torcem para ver JHC longe do PT e de Lula, só resta torcer pra que a federação entre esses partidos não prospere. Porque se as legendas federarem, só terão como alternativa a mudança de partido, opção que no momento nenhum deles consideram.
Federação PSDB e MDB
A informação é jornalista Natuza Nery, do G1. “Os presidentes do MDB, Baleia Rossi, e do PSDB, Bruno Araújo, iniciaram conversas pra unir os dois partidos em uma federação. O blog apurou que as tratativas começaram há três semanas e, nos últimos dias, mudaram de patamar, chegando à cúpula das duas legendas. Procurados, Araújo e Rossi confirmaram o início do diálogo”, aponta Natuza.
“A união não é fácil, uma vez que os partidos precisarão seguir juntos por quatro anos, mas a avaliação interna é de que as duas siglas estão num mesmo campo político e que, juntas, conseguem alguma brecha para tentar furar o dueto de Lula e Bolsonaro”, emenda.
A partir de agora, ambos os dirigentes vão consultar suas bases para tentar a união.
