Política

JHC pode “surgir” como candidato a governador, avisa presidente do PSB

Partidos decidem hoje se avançam nas negociações para a formação de uma grande federação partidária

Por Blog Edivaldo Júnior 20/01/2022 08h08
JHC pode “surgir” como candidato a governador, avisa presidente do PSB
Prefeito de Maceió JHC. - Foto: Reprodução

O PSB e o PT decidem hoje se avançam nas negociações para a formação de uma grande federação partidária – ou não.

Tudo vai depender do alinhamento de prioridades entre os dois partidos, incluindo a disputa por governos estaduais.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, avisa, que o partido tem prioridades na disputa majoritária – ou seja terá candidato a governador – nos Estados de São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Acre.

“E tem outros candidatos que poderão surgir, mas, até agora, nós colocamos na mesa esses cinco estados”, afirma Siqueira em entrevista ao Correio Brasililienze.

Um dos Estados em que o partido pode “surgir” é Alagoas, emenda o presidente do PSB: “Pode surgir, por exemplo, o Maranhão, onde o PSB, provavelmente, terá candidato também; pode surgir Alagoas”.

O presidente estadual do PSB e prefeito de Maceió segue bem avaliado nas pesquisas. João Henrique Caldas não diz sim, nem não e só deve decidir se fica ou sai em março.

Até lá segue conversando com Carlos Siqueira que trabalha para lançar JHC ao governo de Alagoas e conta para isso não com a simpatia de parte do PT em Alagoas. Mais do que “simpatia”, tem gente forte no PT alagoano que já articula abertamente a candidatura de “J”.

A entrevista


Na entrevista ao Correio, Siqueira fala sobre a aliança nacional com e faz críticas ao “exclusivismo” petista.

Veja trechos da entrevista:


Presidente do PSB: PT tem de definir prioridade e abandonar “visão exclusivista”

Às vésperas de uma reunião decisiva com a diretoria do PT, sobre a articulação de uma eventual federação, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, enfatiza: “A situação exige que o PT escolha qual é a sua prioridade: se é disputar com o seu principal aliado, na esquerda, os governos estaduais, ou se é conquistar a Presidência da República. Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas”, ressalta, em entrevista exclusiva ao Correio.

Siqueira e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, têm encontro marcado para quinta-feira, em Brasília, quando tentarão acertar os ponteiros. Ele considera, por exemplo, que o PT tem uma “visão exclusivista”, que precisa ser superada, para que tudo caminhe bem entre as duas legendas. Com negociações complexas, que envolvem candidaturas aos governos em estados-chave para o PSB, a conversa promete um bom debate. A seguir, os principais trechos da entrevista

Quais são os primeiros passos do PSB neste ano eleitoral?

O PSB vai se preparando fortemente para dar continuidade às negociações em torno da campanha presidencial, porque o partido, muito provavelmente, vai apoiar o ex-presidente Lula e há, também, uma série de demandas apresentadas ao PT e de apoio em pelo menos cinco estados, que nós aguardamos uma resposta. Até agora, não há nada de concreto. Há, também, uma discussão sobre a federação de partidos, que nós não decidimos ainda se participaremos. É um instituto muito novo e complexo, tem implicações muito graves na vida de cada sigla.