Política

Após suspensão de emendas do governo, Renan Calheiros diz que sempre confiou no STF

Tribunal formou maioria nessa terça-feira (9) para manter a decisão da ministra Rosa Weber, tomada na última sexta-feira (5) de suspender o repasse das emendas

Por Redação 10/11/2021 08h08 - Atualizado em 10/11/2021 09h09
Após suspensão de emendas do governo, Renan Calheiros diz que sempre confiou no STF
Renan Calheiros - Foto: Reprodução

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou o twitter nessa terça-feira (9) para elogiar o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a decisão de suspender as emendas de relator, atualmente mais conhecidas como "orçamento secreto".

"Sempre confiei que o STF cumpriria seu papel de guardião da Constituição. As democracias não comportam segredos. Orçamento é público, não tem dono e precisa respeitar a isonomia da representação. Fora disso é a repetição do clientelismo e corrupção", escreveu o parlamentar.

Renan Calheiros reage ao fato que o STF formou maioria na terça-feira para confirmar a decisão liminar da ministra Rosa Weber de suspender o chamado orçamento secreto. A ministra paralisou o orçamento sexta-feira passada (5) e ontem o STF confirmou sua suspensão.

Além de Rosa Weber, mais cinco ministros se posicionaram contra as emendas: Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. STF também formou maioria para que sejam adotadas medidas de transparência em relação à execução desses recursos.

Orçamento secreto

Na última sexta-feira, a ministra Rosa Weber suspendeu temporariamente os repasses do chamado orçamento secreto, revelado pelo jornal Estado de S. Paulo em maio. Segundo revelado o jornal, o repasse seria para facilitar a aprovação de projetos da base governista no congresso e senado.

No caso da PEC dos Precatórios, segundo a reportagem do Estadão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu abrir o cofre e acelerou a liberação de dinheiro público a deputados na véspera da votação do projeto.

Ainda de acordo com a reportagem, o governo empenhou R$ 1,2 bilhão das chamadas emendas de relator-geral, mecanismo usado para repasses pelo orçamento.