Política

CPI decide retirar acusação de homicídio e genocídio contra Bolsonaro

Renan Calheiros ouviu companheiros e alterou alguns pontos polêmicos do relatório

Por Redação com Terra 20/10/2021 10h10 - Atualizado em 20/10/2021 10h10
CPI decide retirar acusação de homicídio e genocídio contra Bolsonaro
Presidente Jair Messias Bolsonaro - Foto: Reprodução

Após reunião com outros membros do colegiado realizada na noite de terça-feira (19), o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu retirar do documento a sugestão para que o presidente Jair Bolsonaro fosse indiciado pelo genocídio de indígenas e por homicídio qualificado na gestão da pandemia de coronavírus.

Renan deixou claro que a retirada do crime de genocídio não prejudica de nenhuma forma os trabalhos da CPI e explicou que a acusação de crime contra a humanidade, permitindo que a denúncia seja enviada ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, está mantida no parecer.

Se tratando da mudança a respeito do homicídio qualificado, o senador explicou que a retirada se deu por considerarem que o crime de epidemia com resultado de morte, que está no relatório, já tipifica bem a questão.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), esteve na reunião e contou que Renan Calheiros ouviu os argumentos de todos os participantes: "a questão pacificada é a questão do genocídio. Foi retirado, eu acho que é uma boa atitude", disse.

Além das imputações mencionadas, outras acusações que permanecem no parecer são: infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e crimes de responsabilidade.