Política
Bolsonaro poderá ser indiciado por no mínimo 10 crimes cometidos durante a pandemia
Além do presidente, outras 33 pessoas também poderão arcar com as consequências

O relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL), vem prometendo a alguns meses que "os responsáveis pelas mais de 600 mil mortes serão punidos pela justiça dos homens e de Deus" e segundo informações, o senador deverá sugerir o indiciamento do atual Presidente do país, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), por mais de 10 crimes, segundo um levantamento feita por uma coluna da Metrópoles. Destes:
Do Código Penal:
Epidemia com resultado de morte;
Infração de medida sanitária preventiva;
Charlatanismo;
Incitação ao crime;
Falsificação de documento particular;
Emprego irregular de verbas públicas;
Prevaricação.
Crimes de responsabilidade
Violação de direito social;
Incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.
Outros
Genocídio de indígenas (Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956);
Crime contra a humanidade (do Tratado de Roma, Decreto nº4.388, de 2002).
Outros envolvidos
Além do nome do presidente, também será proposto que entre os nomes de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro; ao menos três atuais ministros do governo: Marcelo Queiroga (Saúde), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência); e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Também estão na lista nomes como os ex-ministros Eduardo Pazuello, Osmar Terra e Ernesto Araújo; as deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF); a médica Nise Yamaguchi; e os empresários Luciano Hang, Carlos Wizard, Otávio Fakhoury e Francisco Maximiano, este último dono da empresa Precisa Medicamentos.
Mudança de planos
Mas tal decisão pode ser modificada até o dia 19 deste mês, quando segundo o relator, a versão final será apresentada a todos. Renan vai apresentar, provavelmente na próxima sexta-feira (15/10), uma versão preliminar do documento aos senadores do grupo majoritário da comissão, o chamado G7.
