Política

Mulheres são disputadas para formar chapas de federal em AL

Nova regra eleitoral abre espaço para participação feminina

Por Redação com Blog do Edivaldo Junior 04/10/2021 17h05 - Atualizado em 04/10/2021 18h06
Mulheres são disputadas para formar chapas de federal em AL
Imagem ilustrativa. - Foto: Reprodução/Internet

A nova regra eleitoral abre espaço em níveis nunca vistos para a participação de mulheres nas eleições proporcionais de 22 em todo o país.

Por lei, os partidos devem ter no mínimo 30% de candidatas mulheres. Cada chapa terá no máximo 100% das vagas mais um.

Em Alagoas, chapa de federal terá até dez candidatos, sendo no mínimo três mulheres. A de estadual, até 28 candidatos, 9 mulheres no mínimo.

Nesse cenário elas serão mais valorizadas. Cada mulher representa 10% da chapa de federal. Será preciso ter bons nomes e dar condições para que tenham votos. Do contrário, a chapa pode ser inviabilizada.

Dirigentes partidários, articuladores políticos, candidatos já estão em busca de candidatas com potencial eleitoral.

As mais procuradas, no momento, são políticas com atuação na capital – mas não só. A secretária de Desenvolvimento Social do Estado e ex-prefeita de Arapiraca, Fabiana Pessoa, deve ser candidata a federal. A vice-prefeita de Atalaia, Camyla Brasil também vem sendo sondada por alguns partidos. A secretária da Mulher e Direitos Humanos, Maria Silva e a primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, também são “lembradas” como potenciais candidatas.

As atenções, no entanto, estão voltadas para políticas com forte atuação em Maceió. As ex-vereadoras dra Fátima Santiago e Simone Andrade já estariam definidas em chapas diferentes. As vereadoras Gaby Ronalsa e Silvânia Barbosa também aparecem em algumas composições.

A vereadora Olívia Tenório também será candidata a federal e deve pesar positivamente em qualquer chapa. Em 2018, teve 20,2 mil votos e foi a terceira mulher mais votada para a Câmara Federal em Alagoas (atrás apenas de Heloísa Helena e Tereza Nelma).

Olívia, embora filiada ao MDB, avalia a possibilidade de disputar o mandato por outro partido.

Nas composições, claro, o maior desafio será o de Tereza Nelma. Com 44 mil votos, a ex-vereadora de Maceió foi eleita para o primeiro mandato de federal em 2018. Agora, na reeleição terá que torcer para o PSDB montar uma chapa (o que é considerado pouco provável hoje) ou mudar de partido.

Como todo deputado de mandato, mesmo sendo mulher, Tereza terá que conversar muito para encontrar espaço nas chapas competitivas. Mas essa é outra história.

Estadual


A Assembleia Legislativa de Alagoas tem na sua atual composição cinco deputadas estaduais. Destas, quatro são candidatíssimas à reeleição, com boas chances de permanecer na Casa: Cibele Moura, Fátima Canuto, Flávia Cavacante e Ângela Garrote.

Mais votada em 2018, com 53,7 mil votos, Jó Pereira está em pré-campanha ao governo. Ela também pode compor chapa como vice. Tudo depende de composições que passam, no momento, por Marcelo Victor, Arthur Lira e Renan Filho.

A deputada tem boas chaces de disputar o governo ou a vice, mas essa não é uma questão apenas de vontade pessoal.

Resta saber qual o destino da parlamentar, caso não vá para a majoritária: reeleição ou federal? O que você acha?