Política
“A maioria não foi aprovada e quer anulação do concurso", diz Cabo Bebeto
Apesar de divergências, parlamentares concordam que maiores investigações devem ser feitas

Durante sessão ordinária realizada nesta terça-feira (21), os parlamentares discutiram a denúncia de supostas fraudes ocorridas nas provas do concurso da Polícia Militar de Alagoas, há cerca de um mês, e que levaram o Governo do Estado a suspender provisoriamente as atividades do certame.
O deputado Francisco Tenório (PMN) abordou o assunto e cobrou que as devidas investigações devem ser feitas, e que a punição deve ser dada aos devidos responsáveis. O parlamentar pediu ainda que o concurso não seja anulado, pois muitos dos aprovados já estariam no limite da idade.
“Espero que essa suspensão seja para apurar os fatos, que o resultado dela seja amplamente divulgado e os infratores sejam punidos”, disse Tenório.
O deputado também solicitou ao Ministério Público e à Polícia Judiciária de Alagoas que os envolvidos sejam identificados, mas sem prejudicar os candidatos que fizeram o concurso público e obtiveram êxito de forma lícita.
“Muitas pessoas fizeram essa prova depois de anos de estudo, passaram no concurso e estão no limite de idade.
Peço que esse concurso não seja anulado”, reforçou Francisco Tenório.
Em aparte, os deputados Cabo Bebeto (PTC) e Davi Maia (DEM) também se posicionaram sobre o tema.
Bebeto concordou que o certame não seja anulado, por não achar justo com as pessoas que prestaram as prova de forma lícita. Lembrou também que foram 67 mil candidatos inscritos e apenas 1.200 aprovados.
“A maioria não foi aprovada e quer anulação do concurso, mas não seria justo com quem estudou”, avalia o parlamentar, que novamente concordou com Francisco Tenório que as denúncias devem ser apuradas os responsáveis ou a empresa organizadora do concurso sejam punidos.
Já o deputado Davi Maia se opôs e se manifestou favorável a anulação do certame.
“Esse concurso está eivado de irregularidades. Foi por isso que houve uma decisão judicial e que várias pessoas se posicionaram nesse sentido”, argumentou parlamentar, acrescentando que numa situação como essa fica muito difícil “separar o joio do trigo”.
