Política

Tabata Amaral diz que pandemia não é o melhor momento para discutir educação domiciliar

Deputada federal diz que tema deve ser debatido porém há outras prioridades para o governo

Por Redação com Jovem Pam 20/09/2021 15h03
Tabata Amaral diz que pandemia não é o melhor momento para discutir educação domiciliar
Deputada Federal Tabata Amaral - Foto: Reprodução

A deputada federal Tabata Amaral (PSB), foi convidada do programa “Mulheres Positivas“, da Jovem Pan nesta segunda-feira (20).

A entrevista foi feita pela apresentadora do programa, Fabi Saad e Naná Feller, onde a deputada falou sobre pautas que defende enquanto no exercício do seu cargo, projetos apresentados e a situação política atual do país. 

Tendo a educação como uma das principais bandeiras de seu mandato, a deputada disse que não é contra o homeschooling (que é uma modalidade de ensino em que as famílias escolhem ensinar seus filhos em casa), mas criticou o Ministério da Educação por fazer deste tema a sua defesa e deixar o resto das questões “à deriva”. “A educação domiciliar impacta sete mil famílias. Na educação brasileira, nós temos 50 milhões de estudantes. Educação domiciliar é para a nata da nata. Questionou ainda, "Quem é que consegue no Brasil ter uma formação superior, tempo e recurso para educar seus filhos em casa?”. Para ela, mesmo que a discussão e regulamentação da política de ensino domiciliar seja válida, este não é o momento ideal para conversar sobre isso. “No meio de uma pandemia em que mais da metade de quem mora em favela não conseguiu estudar? O homeschooling vai resolver alguma coisa para quem mora na ponta?”, questionou. A parlamentar acredita que o governo tem costume de escolher pautas polêmicas e “ideológicas” para pautar em detrimento de outras.

A deputada apresentou  dois projetos que foram aprovados na Câmara e no Senado que estão dentro de um pacote de auxílio a jovens em situação de pobreza menstrual, que prevê o fornecimento gratuito de absorventes na rede pública de ensino brasileira e deve afetar a vida de 6 milhões de mulheres.

O ano de 2022 será o último de seu mandato e, considerou que ainda há muitas lutas a serem travadas no cargo de deputada federal. “Por enquanto, estou 100% focada no Congresso, na luta pela educação, e trabalhando muito para que no ano que vem a gente possa ir às urnas menos divididos, com menos ódio, para que as pessoas possam votar em um projeto de Brasil com pauta para educação, para a área social, para a economia, e não só votar em ‘A’ porque a gente não quer ‘B’ e votar em ‘B’ porque a gente não quer ‘A’.