Neste domingo (20) vinte governadores assinaram uma carta em que desmentem as acusações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que seriam os responsáveis pelo aumento no preço da gasolina nos estados.

A manifestação reuniu signatários de diversos partidos, como os governadores Renan Filho (MDB-AL), João Doria (PSDB-SP), Eduardo Leite (PSDB-RS), Flávio Dino (PSB-MA), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Cláudio Castro (PL-RJ) e Ibaneis Rocha (MDB-DF).

"Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período", diz a carta.

“Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, afirmam.

Bolsonaro, o aumento dos preços e os governadores

Ao longo dos últimos meses, o presidente tem sido cobrado constantemente pelo aumento do valor dos combustíveis e do gás de cozinha, que tiveram aumentos significativos desde o ano passado. E com a pressão de setores como o dos caminhoneiros, Bolsonaro tem colocado a responsabilidade do aumento do combustível nos governadores. De acordo com o presidente, o aumento se deve em grande parte ao ICMS, imposto estadual.

O discurso do presidente tem provocado questionamentos até de governadores que se identificam com o governo, que responsabilizam a Petrobras e a elevada taxa de câmbio pelas altas nos preços.