Política

Senadores que votarem contra volta da coligação proporcional podem perder apoio político

Presidente da casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) já declarou que votação da matéria será pautada

Por Redação com Blog do Edivaldo Junior 13/09/2021 17h05 - Atualizado em 13/09/2021 17h05
Senadores que votarem contra volta da coligação proporcional podem perder apoio político
Senado Federal. - Foto: Reprodução

O alerta é de um influente parlamentar. O que está em jogo na política de Alagoas vai muito além da montagem de chapas para deputado federal ou deputado estadual em 22.

O Senado vai pautar antes do final deste mês a PEC que prevê a volta das coligações proporcionais. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já avisou que vai pautar a votação da matéria, mas também disse como antecipei (veja aqui) que as chances de aprovação são pequenas.

“O senador que ficar contra a volta da coligação proporcional pode perder o apoio de deputados e vereadores”
, aponta o parlamentar.

Em Alagoas a situação é diferente de outros Estados, argumenta. “Aqui são poucas vagas. No caso de deputado federal, apenas 9. E cada um tem um partido (exceto PSDB que passou a ter 2 com a renúncia de JHC, do PSB). Sem a coligação, vamos entrar numa briga nacional pelo controle de várias legendas”, alerta.

Para o parlamentar, o maior beneficiado na regra atual – sem coligação – pode ser o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL).

“Os senadores Rodrigo Cunha, Fernando Collor e Renan Calheiros precisam ficar atentos. Sem coligação, os deputados federais vão ter que formar duas ou três frentes. Para isso terão que deixar seus partidos e se filiar no PP, MDB ou PSB. E se isso acontecer, quem terá mais chances de pegar o controle dos partidos que vão perder os deputados?”
, questiona.

Na avaliação do parlamentar, “pela força hoje em Brasília”, Arthur Lira sairia fortalecido: “como presidente da Câmara dos Deputados ele tem grande influência e conseguiria facilmente algumas legendas, dificultando a possibilidade de aliança com os grupos dos próprios senadores, que tem interesse direto em formar chapas majoritárias no próximo ano”, pondera.