Política

Possível mudança: Arthur Albuquerque substituirá Antônio Albuquerque na Assembleia?

Em entrevista, o deputado falou de seu desejo de se candidatar ao governo e deixar seu filho em seu lugar

Por Redação com Blog do Edivaldo Júnior 28/08/2021 14h02
Possível mudança: Arthur Albuquerque substituirá Antônio Albuquerque na Assembleia?
Deputado Antônio Albuquerque - Foto: Reprodução

Em sua última análise, o jornalista Edivaldo Júnior listou alguns deputados que provavelmente não se candidatariam à reeleição, mas logo foi relembrado de mais um: o deputado estadual Antônio Albuquerque.

O parlamentar, que está no sétimo mandato consecutivo e já foi quatro vezes presidente do Legislativo Estadual, tem sinalizado que pretende dar voos mais altos na política. Antônio Albuquerque não esconde o desejo de governar Alagoas, mas disse em recente entrevista a Gabriela Flores, do Cada Minuto, que vai “aguardar a vontade do povo”.

Foi nessa entrevista que ele falou sobre a possibilidade de deixar o parlamento: “Antônio Albuquerque, em entrevista exclusiva ao CadaMinuto, afirmou que pretende se candidatar ao governo do estado e trabalhar para que a sua vaga na ALE seja ocupada por seu filho, Arthur Albuquerque. ‘Sai um A.A. e entra outro A.A.’, brincou o parlamentar”, registrou a jornalista.

Segundo Edivaldo, é fato que Albuquerque tem um grupo sólido, com um deputado federal – seu filho, Nivaldo Albuquerque – e algo entre 12 e 14 prefeitos, dependendo dos “cenários”. O jornalista acredita que, como registrou após a eleição de 2020, AA ganhou força e tem tranquilidade para garantir a eleição de um estadual e um federal.

Para um projeto viável de eleição majoritária, na conjuntura atual, Albuquerque não depende apenas de si. Mesmo tendo bom desempenho em pesquisas no agreste, vai precisar buscar composição com outros grupos.

Não é a primeira vez que o deputado ensaia uma candidatura ao governo. Em outras eleições, faltaram condições objetivas e o projeto ao governo foi adiado.

E agora?

No cenário atual, a política de Alagoas orbita em torno de Arthur Lira, Renan Filho, Marcelo Victor e JHC. Qualquer candidatura majoritária fora desses grupos (salvo fato novo) será um voo solitário.

E como disputar o governo de forma competitiva sem tempo de TV, fundo partidário ou apoio na capital e na maioria das cidades do interior?

Alguns candidatos com o perfil de “nova política” – caso de JHC e Rodrigo Cunha nas eleições de 2018 – venceram pensando “fora da caixa”. Mas não é fácil surfar na mesma onda duas vezes.

Agora mesmo o senador Rodrigo Cunha percorre Alagoas tentado viabilizar uma candidatura ao governo, mas enfrenta dificuldades até dentro do próprio grupo. Alguns preferem que seja o prefeito de Maceió o nome a disputar a vaga de Renan Filho.

Nada impede que Antônio Albuquerque dispute o governo. Mas antes disso terá alguns desafios a serem vencidos. Um deles é a permanência à frente do PTB Alagoas (no momento o diretório está inativo e o deputado está em disputa judicial com o diretório nacional).

O outro é a formação de chapa de federal para a reeleição de Nivaldo Albuquerque.

A eleição de um estadual, seja a de AA pai ou AA filho, tende a ser mais tranquila.

Albuquerque segue com um pé no governo de Renan Filho (Arthur é secretário estadual do Trabalho), no entanto tem mais afinidade com Jair Bolsonaro do que com Lula, o que dificultaria uma composição eleitoral com o governador em 2022.

AA também não tem nenhuma proximidade com o grupo de JHC e teria dificuldades para alianças com Marcelo Victor e Arthur Lira por algumas razões – a principal delas é que eles já tem outros nomes para o governo.