Política
Arthur Lira quer votar PEC do Auxílio na próxima terça
Novo texto deve enfrentar dificuldades de aprovação na Câmara e no Senado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer iniciar a discussão da PEC que autoriza uma nova rodada do auxílio emergencial na próxima terça-feira (09) e concluir a votação em dois turnos até a quarta-feira (10). Mas o novo texto deve enfrentar dificuldades no Congresso.
Aprovado nesta semana em dois dias pelos senadores, a PEC já sofre resistência por parte de deputados até mesmo da base do governo. Eles defendem o enxugamento das medidas de ajuste fiscal, colocadas pela equipe econômica como contrapartida à nova rodada do auxílio. Já os partidos da oposição trabalham pelo fatiamento da PEC para que apenas a autorização da retomada do benefício seja aprovada.
Com os impasses e falta de acordo em trechos no relatório, no entanto, podem atrasar o cronograma inicial de Lira. Líderes da base do governo defendem manter o texto como foi aprovado pelos senadores para acelerar sua promulgação. Uma mudança significativa obrigaria o retorno da proposta ao Senado para nova votação, o que atrasaria sua conclusão e o próprio pagamento do benefício.
“Temos de aprovar logo a PEC para garantir o auxílio ainda em março”, disse o líder do PTB, Nivaldo Albuquerque (AL). Ele deve reunir a bancada do partido para ter uma posição definitiva sobre a proposta, mas acredita que é possível aprovar o texto até quarta-feira.
Embora defenda celeridade na análise da proposta, Albuquerque admite que o texto pode ser enxugado. Diferentemente de alterações, eventuais supressões de parte do texto não necessariamente obrigariam a PEC a voltar ao Senado.
Lira designou o o deputado Daniel Freitas (PSL-SC) para relatar a proposta na Casa. Na sexta-feira (05), Freitas disse que vai entregar seu relatório até esta segunda (08) e que os deputados discutirão os detalhes do texto, mas que vão manter o que for prioridade. “Qualquer alteração na PEC emergencial faz o Brasil atrasar”, afirmou, depois de se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
