O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) esteve reunido com os líderes dos dois blocos partidários e chegaram a selar um acordo para a composição da Mesa Diretora. A nova eleição, que ocorreria na noite desta terça-feira (02), foi adiada para amanhã (03), às 10h.

O acordo prevê a seguinte distribuição dos cargos na Mesa Diretora:

1ª vice-presidência: PL
2ª vice-presidência: PSD
1ª Secretaria: PSL
2ª Secretaria PT
3ª Secretaria PSB
4ª Republicanos
Suplências: PSDB, DEM, PSC e PDT

A eleição deve ser realizada após a revogação da decisão do, até então presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que aceitou o registro do bloco de partidos. A revogação foi o primeiro ato do novo presidente da Casa Legislativa, que justificou a decisão afirmando que bloco do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) foi registrado minutos após o fim do prazo determinado, mas acabou sendo aceito por decisão unilateral de Maia.

Segundo Lira, houve pacificação em relação à participação dos dois grupos na divisão dos cargos. “Isso deve ajudar a construção do entendimento da Casa. Sempre trataremos por maioria da Casa e nada de decisões isoladas”, afirmou.
 
Questão política
Segundo o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), o bloco que apoiou Arthur Lira queria ganhar a eleição no tapetão e impedir o PT de fazer a segunda escolha. “Isso não tem o menor fundamento. É uma questão política grave. Querem ganhar. Se não bastasse o aliciamento que o governo Bolsonaro fez tentando levar parlamentares para o outro lado, agora querem ganhar no tapetão. Nós tentamos até 11h59 no meu telefone. Eu mostrei o print [de conversa com o secretário-geral da Mesa]", disse.

Naquele momento, Arthur Lira disse que não tinha interesse em tumultuar a eleição e que ganharia "no voto" para que todos os deputados tivessem "representatividade e voz".