Política
Prefeito pode ter candidatura impugnada
Gilberto Gonçalves é investigado pela Câmara de Vereadores e acusado de estar envolvido na Máfia das Taturanas

O Ministério Público Federal (MPF) identificou 92 políticos “ficha suja” que pretendem disputar as eleições deste ano em Alagoas. No levantamento estão contabilizados candidatos de 22 municípios. No Estado, dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostram que foram feitos 7.349 registros de candidaturas.
São ex-prefeitos e ex-vereadores que pretendem voltar ao poder, como também políticos que já estão no exercício do mandato e tentarão a reeleição. Um exemplo é o caso de Gilberto Gonçalves, de Rio Largo. Investigado pela Câmara de Vereadores e também acusado de estar envolvido na Máfia das Taturanas, que desviou dinheiro da Assembleia Legislativa, Gonçalves vai tentar continuar na Prefeitura em meio a polêmicas.
Os dados sobre os candidatos estão disponíveis no Sistema de Investigação de Contas Eleitorais do MPF, que é responsável por processar as informações de inelegibilidade pelos critérios estabelecidos pela Lei 135/2010, conhecida como “Lei da Ficha Limpa”. Em cada município, os promotores eleitorais ficarão responsáveis para analisar as informações e pedir ou não a impugnação desses candidatos. A decisão em acatar o pedido é do juiz eleitoral da Comarca, que pode tornar o político citado inelegível.
Maceió foi o campeão em números de políticos “ficha suja”, com 30 candidatos. Já Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral do Estado, ficou na segunda colocação com 12 candidatos. Na região Norte, foram contabilizados apenas 02 candidatos, em Passo de Camaragibe. Em 2016, apenas 25 candidatos foram identificados como “ficha suja” em Alagoas, conforme dados do MPF. Este ano, o aumento de candidatos condenados pela Justiça teve um aumento de 72% em comparação com a eleição anterior.
