Política
Entenda porque Cícero Almeida desistiu de sua candidatura à prefeitura de Maceió
Presidente estadual do DC explica que plano inicial era montar uma chapa competitiva de vereadores

Nesta sexta-feira (02), o jornalista Edivaldo Júnior publicou em seu blog sobre os caminhos que levaram Cícero Almeida a desistir de sua candidatura à prefeitura de Maceió. De acordo com a publicação, o projeto inicial, explica o presidente estadual do DC em Alagoas, Eudo Freire, era montar uma chapa de vereadores competitiva em Maceió. Durante o processo de articulação, surgiu uma possibilidade de disputar a prefeitura.
Eudo relata que convidou o empresário Max Palmeira para assumir o partido em Maceió. “O Max montou um grupo muito, bom que tinha no meio o Cícero Almeida, muito amigo dele. Em determinado momento, resolvemos fazer um teste e o Almeida apareceu bem, com 9,3% na pesquisa de prefeito”, pondera.
A partir daí, aponta Freire, foi feito um trabalho interno para viabilizar Cícero Almeida como candidato a prefeito e não mais a vereador. “Procuramos vários partidos, conversamos e no final definimos uma coligação com o PTB do deputado estadual Antônio Albuquerque. O entendimento era que o PTB entraria com a indicação da vaga de vice, tempo de TV e recursos partidários, fundo a fundo”, relata.
Apesar de elogios a Albuquerque, Eudo explica que o PTB não conseguiu cumprir dentro do prazo acertado o que ficou acordado. “O DC não tem fundo para a campanha, nem tempo de TV. Esperamos até o dia 1o . A partir desta sexta-feira (2) o partido está desistindo da disputa majoritária em Maceió, por absoluta falta de condições”, aponta.
“Comunicamos ao almeida que vamos retirar a candidatura e ele ficou com posição de desistência. Não temos nada contra o almeida, mas o partido tomou posição. Não vamos em frente. O partido não terá condições de seguir com o candidato. Agora cabe a ele decidir o que fazer”, afirma.
Almeida não deve desistir oficialmente da candidatura, mas admite que não tem condições de ser candidato. “Eu não assinei o documento nem vou assinar. Mas não posso brigar na Justiça sem condições de enfrentar nem mesmo a direção do meu partido”, disse Almeida ao jornalista Ricardo Mota.
“Por mim iria até o fim, porque confio no povo maceioense e as pesquisas sérias confirmam que nossa candidatura era competitiva para chegar no segundo turno”, disse Cícero ao jornalista Wadson Régis.
Na prática Cícero não é mais candidato, embora seu pedido de registro no TRE esteja mantido. A retirada da candidatura dele Cícero foi uma decisão partidária. E ao que parece ele não vai reagir.
Tudo indica que o registro será cancelado antes mesmo do início da campanha. A chapa foi considerada como provavelmente inelegível na largada, por problemas jurídicos do próprio Almeida e impedimentos de sua candidata a vice.
Ou seja, sem uma efetiva ação partidária, a Justiça Eleitoral tende a declarar o candidato inapto, quer ele desista oficialmente ou não.
Desta vez, diferente de 2016, quando foi para o segundo turno contra Rui Palmeira, Almeida não terá o prazer nem sequer de começar a campanha.
A candidatura a vereador era um projeto viável, voltar a prefeitura era sonho e agora o ex-prefeito de Maceió, ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-deputado federal enfrenta o pesadelo de cair fora da política sem o “direito” de sequer disputar a eleição.
