Política

Nezinho, Luciano ou Tarcizo: “escolha” vai mudar rumos da política em AL

Arapiraca espera a decisão do vice-governador Luciano Barbosa

Por Blog do Edivaldo Júnior 12/09/2020 09h09
Nezinho, Luciano ou Tarcizo: “escolha” vai mudar rumos da política em AL
Urna eletrônica. Foto: reprodução.

Neste sábado, o jornalista Edivaldo Júnior publicou em seu blog que praticamente todos os ‘mistérios’ em torno das eleições de Maceió foram resolvidos. De acordo com  a publicação, Nonô e o DEM vão apoiar Davi Filho (PP), Ronaldo Lessa (PDT) será vice de JHC (PSB) e Cícero Almeida será candidato, de fato e de direito.

Na capital, a única indefinição segue com o PSD de Marx Beltrão. O jornalista explica que "nada que não se resolva com uma boa conversa palaciana".

O maior imbróglio envolvendo as principais forças políticas alagoanas agora é de Arapiraca. A capital do agreste “espera” a decisão do vice-governador Luciano Barbosa (MDB). São poucas possibilidades, mas muitos desdobramentos.

Edivaldo Júnior explica que se o vice-governador for candidato terá o apoio do deputado estadual Ricardo Nezinho, considerado “nome natural” do MDB para disputar a prefeitura. Se o escolhido for Daniel, o filho de Luciano, Nezinho já avisou que vai para o rompimento e trabalhará para viabilizar a candidatura do deputado estadual Tarcizo Freire (PP).

Se o candidato for Nezinho, ele conseguirá unir Barbosa, Tarcizo e outros grupos. E cada movimento terá desdobramentos em partidos com bancadas importantes na Câmara de Vereadores de Arapiraca, a exemplo do PSDB e do PROS. A decisão também terá repercussão, por óbvio, em 2022.

O governador Renan Filho e o senador Renan Calheiros (ambos do MDB) preferem que ele não seja candidato, mas não vão interferir. Podem manter o projeto de eleger o próximo governador – nesse caso o favorito seria Barbosa – ou, com o jogo zerado, iniciar conversas em busca de um novo realinhamento político no Estado.

Barbosa, se for candidato agora, está fora do jogo sucessório estadual. Terá que vencer ou vencer. Uma derrota em sua terra antecipará a saída da política. Continuará com o mandato de vice, mas sem condições para disputar a reeleição de governador – isso se conseguir assumir o cargo num eventual afastamento de Renan Filho em 22.

Silêncio

Barbosa fala muito nos bastidores, articula abertamente, mas não dá nenhuma declaração a imprensa sobre sua decisão. Na prática, ele mais ouve do que fala. Agora tem o tempo em seu desfavor. Faltam apenas três dias para que o MDB escolha um nome. Seja quem for o escolhido, Luciano falará – e muito – depois da convenção. Ele deve assumir, candidato ou não, protagonismo na eleição de Arapiraca. Mas essa é outra história.